segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

EU POSSO VOAR

Foto: J. Pedro Martins

Eu posso voar, nem que seja pela através da minha imaginação. Eu posso voar. Voar pelos ares da alegria, pelo céu do sorriso de uma criança e sobre as montanhas de desejos que tenho pra carregar. Eu posso voar. Além dos meus planos, além da minha rotina e diferente da mesmice que a gente insiste em  viver. Eu posso voar, nem que seja através dos meus sonhos de uma vida mais bonita, pra mim e todo mundo. Eu posso, eu posso voar. Sei que não tenho asas como as borboletas, muito menos a destreza do voo de um beija-flor, mas eu posso voar. Com pernas e braços, humanamente, posso voar. E posso porque embora sem asas, dou asas àquilo que acredito ser possível e aquilo que sei que sou capaz de realizar. Por isto eu digo sem medo que posso, eu posso voar. Já realizei voos anteriores, suaves e perfeitos como o das garças sobre o lago. Voei por onde nunca estive antes de pés descalços, mas sei que irei estar. Eu voo para longe daquilo que não gosto e até as coisas que me fazem bem. Voo, do mesmo jeito que os pássaros, embora um pouco diferente. Mas voo, porque eu insisto em crer que posso voar. Vejo pela TV e tantos outros lugares, tantas pessoas que conseguem também voar. Voam com o coração, voam através da fé, voam, simplesmente voam pelo seus sonhos levando consigo a certeza que irão se realizar. Eles e eu, podemos voar. E se podemos voar, para bem longe, para onde quisermos estar, sei que você também pode. Então voe, voe. Porque eu sei que você, assim como eu, também pode voar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O MAR E A ALMA DA GENTE

Foto: autor desconhecido

A liberdade de ir e vir é o que nos devolve a nós mesmos. Ser o que somos. Fazer o que queremos. Mudar de ideia. Esta tal liberdade que nos descansa e nos relaxa. Nos alivia dos olhares dos outros. Liberta as correntes da sociedade. Abre os nossos olhos. O mar, com seu vai e vem, tem o mesmo poder que estas mudanças tem dentro de nós mesmos. O sentido de recomeçar a cada instante. Um recomeço que não é traduzido como retrocesso, mas como uma nova chance, uma outra possibilidade. O mar é como a alma da gente. Limpo, mas flexível. Pelo menos assim as almas deveriam ser. Sei que nem todas o são. Honestas, avançam um pouco mais a cada nova chance. Volta para dentro de si numa busca de auto conhecimento. Só quem se conhece é capaz de se permitir ser quem realmente é. A aceitação vem do auto conhecimento. A reconciliação consigo mesmo, assim como as ondas fazem com o mar o tempo todo. Eu me devolvo a mim mesmo a cada nova onda. Por isto, gosto de olhar o mar no fim da tarde. É quando ele me mostra todas estas coisas que durante o dia eu não soube perceber. É preciso silêncio e demora diante do mar. Um olhar tranquilo e atento. Um fechar de olhos vez ou outra, pra internalizar os sentimentos. Sentir a brisa do mar tocando o rosto e penteando os cabelos. É o momento em que a minha alma tem total liberdade de ser quem é. A reconciliação que o mar me convida a fazer. A devolução do que sou. Uma oferenda nova que é feita como um convite à vida que carrego dentro de mim. A alma da gente é como o mar. Precisa demora, paciência e recomeços o tempo todo. Precisa da liberdade de ser, voar e sonhar. A liberdade de viver. Esta vida que a gente leva dentro da gente, como as ondas do mar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ALEGRIA É SIMPLES

Foto: João Carvalho

Escrito no prato:
" A alegria de uma casa
em bem pouco se resume.
Beijos, abraços, canções
água, pão, flores e lume".

A simplicidade da alegria me encanta. Um copo com água e flor. Uma parede colorida. Uma toalha de mesa com flores e estampas de alegria. Um quadro com uma simples mensagem, tal qual a alegria. Uma casa, beijos e abraços. A alegria está na simplicidade das coisas, da casa, da alma da gente. Nos detalhes de uma vida cotidiana, sorridente com tão pouco. A alegria está no coração das pessoas de alma pura e verdadeira, de intenções honestas, de pensamentos positivos. Esta alegria que gosto de ver nas pessoas ao redor. A alegria que contagia, que pega na gente e invade espaços que antes a tristeza pensava dominar. A alegria de viver, viver do que é simples e verdadeiro. A simplicidade dá o gosto da alegria. E a alegria é o tempero das coisas simples.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ISTO É ESPERANÇA

Foto: autor desconhecido

Esperança é crer no impossível. É esperar acima da ansiedade. É acreditar que o futuro será melhor do que os dias de hoje. Esperança é acima de tantos e tantos sentimentos. É tranquilizar o coração para toda a inquietude que o atormenta. É descansar em meio à pressa da vida cotidiana. É sossegar a alma, aquietar o espírito. Esperança é o milagre que já acontece antecipadamente dentro de nós. Esperança é ver com os olhos da fé. Esperança é ter pensamentos positivos a respeito da vida. Esperança é a paz. É o alimento que supre a nossa fome de ser verdadeiramente feliz. Esperança pra mim é isto. Simples como estas palavras, mas difícil de plantar. Uma vez plantada, a esperança ganha força e vitalidade e cresce como árvore onde podemos repousar nos dias de sol quente. A esperança é a brisa que sopra em nosso rosto e revigora as nossas energias. Isto é esperança, é ela que quero ter.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O DIA DE HOJE

Foto: autor desconhecido


Acordei sem ao menos imaginar o que me esperava para o dia de hoje. Abri os olhos, logo depois de agradecer a Deus por ter tido uma boa noite de sono. Olhei no relógio, agradeci a Deus novamente. Era tarde, havia dormido como há algum tempo não dormia. Estava verdadeiramente descansada, embora um pouco apreensiva para viver um novo dia. Espiei da janela e um céu inteiramente azul me deu bom dia. E logo depois, o sol beijou o meu rosto com um beijo caloroso dizendo que seria mais um dia de calor e que não era pra murmurar. Arrependi de tantas vezes que xinguei o sol por esquentar a minha cabeça, fazendo ela doer até tantas e tantas horas da noite. Levantei e fui viver o que estava guardado para o dia de hoje. Nada demais, imaginei, mas decidi que faria de tudo o que viesse o melhor que pudesse fazer. Abri um sorriso para mim mesma e do outro lado, respondi que valeria a pena. O novo sempre vale a pena, porque nos tira da inércia da mesmice e de todos os maus hábitos cotidianos. O hoje sempre convida a uma mudança de atitude, de vida. Um olhar novo para o velho conhecido, o sol, o céu, o calor. Um novo olhar que muda tudo e faz com que todos os dias seja como o dia de hoje, um dia depois do outro, mas muito diferente e melhor.

sábado, 15 de janeiro de 2011

MEUS PASSOS

Foto: Juan Riera


Meus passos decidiram ir adiante, sem rodeios, nem recuos. Depois daquela pausa pra pensar, pra lamentar, meu passos decidiram caminhar. Depois do medo, a coragem de seguir em frente. Não sei para onde me levam exatamente, mas sei o que buscam. E acredito, então, que se buscam o que é certo, verdadeiro e sincero, é quase certo que lá chegarão. E eu descanso, enquanto eles me levam. Descanso nos passos seguros que sinto dar. Se errarem um caminho ou outro, desviarei alguns milímetros, sei que faz parte do trajeto. A perfeição é inadequada a vida humana. Meus passos às vezes acelerados, seguem com tranquilidade. Vez ou outra apertam o passo, eu nem sei porquê. Mas sigo com eles para onde quer que forem. Meus passos têm a coragem que muitas vezes me falta. Outras, me sobra a coragem que eles insistem em não alcançar. Somos parceiros nesta vida chamada caminhada, ou vice-versa. E vamos adiante, porque é isto o que importa, jamais recuar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ÀS VEZES O MEDO

Autor: Rodrigo Bela Vista


As vezes o medo me assusta. O  medo das pessoas diante da vida. O meu próprio medo. O medo que as pessoas têm de avião, quando trafegar pelas ruas tem sido muito mais arriscado. O medo das baratas e outros insetos enquanto tantas pessoas têm tido venenos ainda mais mortais. O medo dos túneis, como se a vida embora livre, não passasse lá por alguns apertos. O medo da violência, como se tívessemos com um revólver apontado para nossas cabeças o tempo inteiro e nem sempre estamos. O medo de mudar de idéia ou o medo da opinião dos outros, enquanto quem realmente importa é a gente e o que a gente acredita ser bom e verdadeiro. O medo da chuva, como se o calor também não causasse lá os seus estragos. O medo dos pesadelos ou até mesmo o medo dos sonhos difíceis de realizar. As vezes o medo me assusta. O medo que paralisa nos impedindo de seguir adiante. O medo de dar errado que nos impede de pelo menos tentar o certo. O medo de doenças que nos impede de desfrutar da saúde que temos hoje. O medo de não dar conta, fazendo contas de tudo o que poderíamos fazer e não fazemos por medo de tentar. O medo do fracasso como se alguém tivesse prometido pra gente que só teríamos sucesso. O medo do sucesso, de tantos fracassos que já nos acostumamos a enfrentar. O medo da morte, como se realmente valesse a pena passar a vida inteira neste mundo tão caótico ao invés de desfrutar a promessa de vida eterna com Deus. O medo do próprio Deus, como se este fosse carrasco e não fosse exatamente o que é, amor. O medo de amar, fruto de tanto desamor enfrentado desde a infância. O medo da solidão, do desamparo. O medo. As vezes, quase sempre, o medo me assusta. O medo dos outros e o medo que tenho dos outros. O medo de mim mesma e dos maus pensamentos que as vezes rodeiam. Medos infundáveis. Medos necessários. Todo tipo de medo, com seus positivos e negativos, altos e baixos. Todo medo que aprisiona me assusta. Me assusto sempre com os medos. Não vivemos sem eles, mas com eles a vida fica bem mais difícil. As vezes o medo me assusta e os corajosos também. Mas estes últimos eu admiro, com uma pitada de coragem que me falta, eu acredito que seria bem mais fácil viver.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AH, ESTES MILAGRES

Autor: Márcio da Rocha Torres


Eu sei, cada dia é um novo milagre. O despertar de cada manhã. A possibilidade de recomeçar e de reconstruir aquilo que se perdeu no ontem. Um bom dia de um desconhecido. O atravessar da rua em tranquilidade em meio ao caos do trânsito das cidades grandes. Cada um, um milagre. O milagre de superar dificuldades e medos. O milagre de respirar em meio a poluição e sobreviver em meio a tanta violência. Todos os dias, nos pequenos ou grandes detalhes, um milagre está pra acontecer. A cura de uma doença tantas vezes incurável. O livramento de algo ruim que estava certo que poderia acontecer. Uma nova vida que nasce ou se forma dentro de um ventre. Os pequenos animais, belos como as joaninhas sabem ser. O milagre do perdão quando a ofensa doía no peito. O milagre do abraço e do beijo. O retorno dos que haviam partido pra bem longe, sem notícias. O milagre da alegria das crianças que correm pelos parques e quintais que ainda restam por aí. Um novo milagre, a gente espera a todo instante. Sem perceber os pequenos, queremos os grandes, os mais altos. O milagre de tornar possível o impossível. Milagre Divino, caído do céu pelas mãos de Deus. Vivemos e esperamos por estes milagres grandiosos. Enquanto isto, os pequenos esperam de nós a atenção para que então possam sentir que valeram a pena. Um velhinho espera um ouvido atento às suas histórias. A criança espera o milagre do afeto que a apresentará a auto-estima. A noiva espera o grande dia do casamento. Os animais esperam o cuidado e o respeito que merecem ter. Os pais merecem o amor dos filhos e estes, coitados, clamam pelo amor dos pais ocupados com seus afazeres e trabalhos cotidianos. Pequenos grandes milagres, eu diria. Todos os dias, clamando para a acontecer. De tanto olharmos para o céu, pedindo a Deus o nosso, não vemos os que acontecem ao nosso redor. Muitos deles, a maioria, levam exatamente para aquilo que buscamos, as coisas do alto. Os milagres pedem a nossa atenção o tempo todo, se estivermos preparados, eles vão acontecer.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

DOCE COMO UM PIRULITO

Autor: desconhecido


Alegre e doce como aqueles pirulitos de criança, todo enrolados de cores diferentes uma das outras. Capaz de trazer cor e vida para qualquer preto e branco que a vida pense em oferecer. Divertido, tanto quanto for possível para que impeça a tristeza de se instalar. Audacioso o suficiente para nos impulsionar aos nossos sonhos e nos encorajar nesta jornada que é viver. Saboroso de um jeito especial, como só os amores verdadeiros são possíveis de ser. Aquele tipo de amor que deixa um gosto de quero mais a cada despedida e uma vontade de eternizar e estar pra sempre lado a lado até onde o infinito permitir chegar. Sincero e honesto, para que não haja dúvidas e nem mentiras que possam lhe tirar a veracidade dos sentimentos. Assim é o amor, aquele que eu sinto e recebo. O mesmo e único amor que sei capaz de existir e ser fiel. Todos os outros são qualquer coisa, mas só o amor, o meu, tem este colorido, estas formas e este delicioso jeito de ser.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

FLOCOS DE NEVE

Autor: desconhecido

Cada dia do ano novo é como um floco de neve. Se jogam na nossa vida, nos oferece oportunidades de dar boas risadas ou lamentar o frio. Podemos fazer de cada dia deste ano um pedaço para o grande boneco de neve que queremos construir. Se não aproveitarmos cada um, cada instante, o boneco não fica pronto e não teremos o resultado final daquilo que sempre sonhamos ter. Cada dia, um floco de neve. Ainda que frio, uma oportunidade de enxergar a beleza da transformação, dos recomeços e dos instantes. O floco se transforma o tempo todo e se vai, quando menos esperamos. Temos que aproveitar cada momento antes que ele acabe, porque não voltam mais. Um floco de neve pode nos trazer muitas reflexões. O branco da paz, da tranquilidade. A igualdade que há entre todos quando o pano de fundo é branco como a neve. A pureza do sorriso das crianças. O deslizar da vida sobre uma pista de gelo. O frio que é protegido pelo abraço de um casaco bem quente, do amor dos que amamos, do aconchego de um lar. Esta neve que a gente, de país tropical, sonha em conhecer, pode acontecer dentro da gente quando menos esperamos. No dia a dia, assim, do nada. Num sorriso de um desconhecido, numa vaga de emprego ou uma oportunidade de um novo negócio. Num pedido de casamento. Num olhar apaixonado, no nascimento de um bebê ou na cumplicidade de uma verdadeira amizade. Flocos de neve, são os nossos sonhos e sentimentos mais verdadeiros. Estas coisas que caem do céu como anjo, frutos do sopro de Deus na nossa vida. Flocos de neve, são como todos os dias que temos durante este ano. Cada um, vários. Grandes e verdadeiras oportunidades de sermos felizes. De beber e degustar cada instante. De aproveitar ao máximo, de dar risadas, de tirar boas lições das pequenas coisas. Flocos de neve. Que assim seja todos os dias deste ano novo e que cada dia seja novo e puro como os flocos que caem na vida das crianças que sabem celebrá-los.