tag:blogger.com,1999:blog-26626890161252263402024-03-13T06:08:48.526-07:00cremdeuspaiPollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.comBlogger159125tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-43559993913760538492013-05-13T15:53:00.001-07:002013-05-13T15:53:11.818-07:00AMADURECER<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-AdiWi1Hbg5A/UZFr8YYCOfI/AAAAAAAACMM/aoWyLIASNYU/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-AdiWi1Hbg5A/UZFr8YYCOfI/AAAAAAAACMM/aoWyLIASNYU/s1600/images.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amadurecer. Endurecer no amor. Firmar o amor ao solo. Tomar posse dele e não deixá-lo escapar, sob nenhuma possibilidade. Amadurecer não é endurecer o coração. Não. Amadurecer é se endurecer nele, no amor, como criança que endurece o corpo fazendo birra. É fazer birra para não deixar o amor ir embora. É fazer birra pra não ir embora da vida sem experimentar, viver e espalhar o amor. Amadurecer é permitir que o amor crie raízes e cresça em nós. É doer, isto é verdade. Mas é suportar a dor do amor com a certeza de que esta sempre vale a pena. Amadurecer é deixar-se crescer. É substituir os traumas, os medos, as inseguranças, receios, ansiedades e preocupações pela beleza que o amor, a tranquilidade, a confiança e a esperança são capazes de nos dar. Amadurecer é permitir-se enfrentar as durezas da vida e não fugir delas. Amadurecer é endurecer o corpo quando o medo aparece. É firmar as pernas, sem deixar que elas vacilem o nosso passo. É enfrentar a realidade, boa ou ruim, com a certeza de que o enfrentamento pode nos trazer desafios, mas muito mais força e coragem nos dará. Amadurecer é decisão, não é acaso. E escolher aprender com a vida, olhar de frente, encarar nos olhos. Acima de tudo, é se enrijecer no amor a si mesmo. É olhar pra dentro da gente e reconhecer quem somos. É nos encontrar de verdade e aceitar quem se é. É não se cobrar em excesso, é se permitir ser quem é. Amadurecer é amar aos outros através da nossa capacidade de amar quem somos. É confiar que vale a pena viver tudo o que se tem pra viver. É não temer dificuldades, sabendo que ela nos prepara para melhor encontrar as soluções. É chorar quando for preciso, mas sorrir na maioria das vezes. Amadurecer é permitir-se feliz, agradável, próspero, livre. Amadurecer é ter a liberdade e usá-la em favor de nós mesmos e dos outros. Amadurecer. Acontece imediatamente quando dentro da gente decidimos ir em frente, não recuar. Amadurecer acontece naquele exato momento em que você acha que não vai dar conta, que não é capaz, que é frágil, mas que ainda assim decide arriscar. O risco amadurece. Assim como amar. Amar é um risco, é verdade. Risco de ser rejeitado, risco de não ser correspondido, de ser decepcionado. Mas amar é acima de tudo amadurecer, sabendo que o amor está justamente no ato de amar e não naquilo que ele proporciona ou deixa de proporcionar. O bonito do amor acontece quando amadurecemos o suficiente para compreendê-lo. Esta doação que é o amor é doação, não precisa de nada em troca. Ela acalenta a alma, liberta das nossas prisões e é capaz de transformar o nosso jeito de olhar pro mundo e pra nós mesmos. Amadurecer. Endurecer no amor, fincar o pé na decisão de amar a todos, inclusive a si mesmo. Amar de verdade, por inteiro. E com isto ouvir, perdoar, doar o tempo, a atenção acima de tudo. Ama-durecer. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-8198273677335305412013-04-18T08:09:00.003-07:002013-04-18T08:10:14.025-07:00NAS MÃOS DO OLEIRO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-qUSMEmyXxnM/UXAIilC-5lI/AAAAAAAACKw/cF87kD-9Kfo/s1600/oleiro-nas-maos-de-deus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="http://1.bp.blogspot.com/-qUSMEmyXxnM/UXAIilC-5lI/AAAAAAAACKw/cF87kD-9Kfo/s320/oleiro-nas-maos-de-deus.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não, não estou pronta. Mas na maioria das vezes penso estar. Quando penso, me frustro. Frustro pelas rachadura que ainda não foram fechadas e tantas que insistem em abrir ainda mais, ameaçando a construção de quem eu sou. Frustro quando olho para os lados tortos, as bordas arranhadas e um formato que eu não gostaria de ter, como se eu pudesse escolher a minha forma melhor do que quem me fez. Não, não estou pronta. Preciso me lembrar disto a cada vez que vejo minhas fraquezas, que esbarro em minhas misérias. Não, não são erros. Sou esculpida por uma mão que não falha, que não erra e que sabe muito bem a preciosidade que eu sou e vou me tornar. Eu é que me olho erroneamente. Me vejo superficialmente, com um olhar tão míope, tão distorcido que sou incapaz de perceber o quanto é lindo este meu interminável processo de feitura. Sim, interminável. O oleiro que me toma em suas mãos é perfeccionista, não faz nada que saia errado e está sempre atento aos detalhes. Muitas vezes me amassa toda de novo e recomeça o trabalho. Quando há rachaduras, não pensa duas vezes sem me desmanchar por inteiro e fazer tudo novo. E eu mesma, quantas e quantas vezes, estrago o seu acabamento perfeito,com minha mania de controle, de tomar o rumo das coisas e insistir ser aquilo que não fui criada pra ser. Um vaso, um vaso nas mãos do oleiro. Inacabado, mas lindo. Lindo porque perfeito é este processo de feitura. As mãos úmidas no barro, esculpindo a minha história,construindo o meu caminho, a minha vida. Me enchendo de tudo aquilo que serei capaz de carregar sem fardo, sem peso,apenas grata pela utilidade que Ele me deu. Não, não estou pronta. E que bom que não esteja. Assim, não tenho o compromisso de ser perfeita, nem serei. Assim, posso olhar pra minhas fragilidades na certeza de que serão fortalecidas, moldadas, aperfeiçoadas pelo caminho. A mim, basta me permitir. A mim, basta me entregar nas mãos deste que tem todo o amor e paciência em me fazer, em me tornar aquilo que Ele quer. Posso não ter a forma que escolhi, posso não estar pronta no tempo que determinei pra mim. Mas quando penso no oleiro que me toca, ainda que seu toque seja pesado demais em alguns momentos, percebo que sou capaz de ser a mais perfeita obra da terra. Única, amada, planejada e feita com total dedicação. Ele não se cansa, então eu não posso me cansar. Se Ele não desiste de mim, eu jamais tenho o direito de desistir. Se Ele me olha com os olhos de quem faz uma obra prima, quem sou eu para acreditar que já não sou. Não, não estou pronta. E neste processo não quero ser impedimento ou barreira, mas quero colaborar com meu oleiro. Quero ser moldada, refeita, restaurada, desmanchada se preciso for. O seu trabalho em mim não pode ser em vão. Ele sonhou comigo. Ele me ama. Ele já separou um espaço pra mim na prateleira de suas mais preciosas obras. Está lá, vazio, guardado, pronto pra me receber. E eu quero estar. Por mim, por Ele, por todos aqueles que investem neste processo de ser quem sou. Eu me permito. Eu te permito trabalhar em mim. Vem, molda-me. Faça-me. Refaça-me. Usa-me. Enche-me. Sou tua, em tuas mãos estou. Faça como quiser e me ajude a aceitar a força e o cuidado de tuas mãos. Ora leve, ora firme. Cada toque no seu tempo. Cada um tem seu propósito. Não temerei. Que eu seja o vaso novo que sonhou. Que eu ocupe o espaço que reservou pra mim. E que eu me alegre em todo este processo e ajude a tantos outros a perceber que vale a pena.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-24433840676632268172013-04-08T11:14:00.001-07:002013-04-08T11:14:19.515-07:00VASINHOS PRECIOSOS<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Vj3jbvKVk2w/UWMA4nZec7I/AAAAAAAACKg/CtNwP00k_GM/s1600/1+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="190" src="http://4.bp.blogspot.com/-Vj3jbvKVk2w/UWMA4nZec7I/AAAAAAAACKg/CtNwP00k_GM/s400/1+copy.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Obrigada por terem existido. Obrigada por terem trazido esperança e alegria aos nossos corações. Obrigada por revelarem o milagre da gestação de múltiplos idênticos na nossa família. Obrigada por terem brigado pela vida ao longo destes meses. Obrigada por terem resistido a tanta dificuldade ali, dentro do útero, somente para cumprir aquilo que Deus as colocou como missão. Obrigada por inundar o nosso coração de amor e por nos ensinar que sim, somos capazes de amar alguém que nem conhecemos de maneira grandiosa. Obrigada por devolver a esperança aos nossos corações, por reacender a chama da nossa fé, por nos colocar diante da luta, ainda que com medo, mas com a certeza da vitória de Deus. Obrigada por mostrarem à mamãe o quanto ela é amada, querida, por tantos e principalmente por Deus. Obrigada por fazê-la forte, guerreira, uma mulher virtuosa e tão cheia de fé. Obrigada por trazerem a alegria ao coração dos seus irmãos. Obrigada por amolecerem o coração do seu pai, por inundá-lo de amor a ponto de derramar pelo olhos o quanto ele as amava. Obrigada porque todos nós fomos capazes de amá-las, simplesmente porque vocês cumpriram o propósito de Deus. Obrigada por nos tornar, a todos e tantos, guerreiros de oração e nos mostrar que Deus nos ouve, nos sustenta, nos ama, nos acolhe e nos dá forças nos momentos em que parecemos ainda mais fracos. Obrigada por todas as lágrimas que derramamos. Obrigada por todos os medos que sentimos, obrigada por me ajudar a enfrentar os meus com coragem e determinação, que há tanto tempo não tinha. Obrigada porque mesmo com medo de perder cada uma de vocês, minhas primas-sobrinhas, com medo de perder a mamãe- minha grande amiga, vocês me deram a chance de me submeter à vontade do Pai e a sua Soberania. Obrigada por me ensinarem a ser uma melhor intercessora. Obrigada por me ajudarem a aumentar a minha fé. Obrigada por me ajudarem a ser uma futura mãe mais forte do que pensava ser capaz de ser. Obrigada porque em meio a tantas dificuldades em que foram gestadas e mesmo em tão pouco tempo, fomos capazes, cada um de nós, de aprender muito com cada uma de vocês. Cada perda nos ensinou a persistir ainda mais e a glorificar a Deus pelos seus propósitos que nem sabemos direito quais são, mas já os recebemos de braços abertos. Obrigada pela oportunidade de crescermos um pouco mais. Obrigada por terem polpado a vida da mamãe, porque sem ela sofreríamos ainda mais que agora. Precisamos muito dela aqui. Obrigada, obrigada, obrigada Julia e Beatriz. Vocês foram vasinhos frágeis nas mãos do nosso Oleiro. Mostraram que não importa o tamanho do vaso, a sua fragilidade, mas que sempre e sempre Deus é capaz de transbordá-lo e usá-lo para o nosso bem. Obrigada porque sabemos que as tribulações que passamos agora não se comparam a tudo o que está por vir. Maravilhoso é experimentar tudo isto agora, mesmo com os olhos cheios de lágrimas, mas com o coração tranquilo e confiante em Deus. Obrigada, Senhor! Obrigada por me ensinar tanto e tanto e tanto. Obrigada por tudo. Obrigada por estas duas vidinhas que se foram, eu as amei e por este amor fui capaz de aprender tanto e o quanto o Senhor me ensinou. Obrigada por ensinar a cada um de nós e nos permitir transformados pelo Teu amor. Obrigada pela vida da minha amiga que eu tanto amo. Obrigada por preservá-la da morte e por devolver vida a ela.Obrigada por fazer dela como Jó, que é capaz de perder tudo sem perder a sua fé. Obrigada, porque sei que ela se levanta ainda mais forte deste deserto. Obrigada pelas maravilhas que o Senhor fará a partir de tudo isto. Sabemos que teus propósitos são bons, maravilhosos e grandiosos para aqueles que os ama. Então, ei-nos aqui. Faça cumprir o Teu querer em nossas vidas e em especial, completa a Tua obra que começou com a Julia e a Beatriz, mas que com certeza não acabou junto delas. Obrigada Jesus!</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-73470729766096633292013-03-18T15:01:00.002-07:002013-03-18T15:01:28.815-07:00GUERREIRA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-PIbK7EDMvOA/UUeMErnfD6I/AAAAAAAACKQ/aCdIOQbWAcI/s1600/mulher-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="http://3.bp.blogspot.com/-PIbK7EDMvOA/UUeMErnfD6I/AAAAAAAACKQ/aCdIOQbWAcI/s320/mulher-1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para ser guerreira não preciso usar armaduras. Não preciso de cara fechada. Não preciso endurecer o coração. Ao contrário, o coração deve ser flexivel o suficiente para equilibrar todas as emoções que eu sinto aqui dentro. Para ser guerreira eu não preciso de grandes e extremas superações. Não preciso de um milagre que modifique minha vida,simplesmente preciso de uma força que me impulsione a mudar. Para ser guerreira eu preciso reconhecer-me frágil. Eu preciso reconhecer que não sou auto suficiente e nem tão pouco tenho superpoderes. Para ser guerreira eu preciso transpor meus limites dia a dia, mas antes disto, aceitá-los e respeitá-los. Para ser guerreira eu preciso abrir os olhos, principalmente para mim mesma. Eu preciso enxergar a vida mais colorida, mais cheia de vida. Para ser guerreira,eu preciso conhecer a mim mesma e admirar aquilo que sou. Para ser guerreira eu não preciso deixar de ter medo, mas ter coragem suficiente de superá-lo a cada instante. Para ser guerreira preciso perceber, eu mesma, os desafios que sou capaz de enfrentar ainda que pequenos. Não preciso de reconhecimento do outro e muito menos de provar a guerreira que sou. Para ser guerreira eu preciso olhar no espelho, virar as páginas da minha vida e ver o quanto já fui capaz de superar. Olhar adiante com coragem e viver o presente com ousadia e alegria. Para ser guerreira eu não preciso ser esposa, namorada, mãe ou filha, preciso apenas existir e fazer disto o melhor que eu puder fazer. Para ser guerreira eu preciso ser livre. A liberdade é a arma das guerreiras e usada sem força, apenas com sabedoria, já é suficiente para me tornar a guerreira que posso ser.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-59710078907939638052013-03-10T17:07:00.003-07:002013-03-10T17:07:54.273-07:00AO CÉU<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-9igh8hq72Wk/UT0dBb9rHVI/AAAAAAAACKA/yktFy_hLu40/s1600/mulher+com+bal%C3%B5es+perto+do+corpo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="245" src="http://1.bp.blogspot.com/-9igh8hq72Wk/UT0dBb9rHVI/AAAAAAAACKA/yktFy_hLu40/s320/mulher+com+bal%C3%B5es+perto+do+corpo.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Decidi abrir as gavetas da minha alma.Emperradas, velhas, cheias de quimquilharias. Decidi abrir uma a uma com cuidado, revirar cada memória, cada gesto, cada instante. Coisas que guardei e que não uso mais. Outras que havia me esquecido de usar e que são parte da minha essência, do que me faz bem. Decidi pegar cada coisa, um a um. Revirar as gavetas dói, eu confesso. O coração dispara,as vezes falta o ar, resultado da poeira que coisas velhas e fora de uso causam na vida da gente. Mas é preciso enfrentar, jogar fora o que não presta, guardar o que vale a pena e usar aquilo que nos fez tanta falta e nem sabíamos que o tínhamos guardado. Revirar as gavetas, exige preparo e atenção. Cuidado consigo mesmo, uma boa dose de amor próprio e acima de tudo desapego. Também é preciso humildade para admitar as próprias misérias, compreender-se frágil e se aceitar assim como é. Abrir as gavetas da alma é como estar diante de um grande espelho que lhe apresenta a si mesmo. É não ter medo de amadurecer, é ter coragem de se conhecer, ainda que conhecer a si mesmo muitas vezes seja tão desconfortante. É, não é fácil. Tão menos do dia pra noite. Decidi abrir as gavetas da minha alma, mas o faço todos os dias já há alguns meses. Não,não decidi sozinha. É que emperradas que estavam, como eu disse, estavam travando as gavetas que mais uso, me impedindo de ir em frente. Não dava pra seguir a vida com estas gavetas velhas como estavam. Por isto, decidi abri-las e iniciar a limpeza da minha alma tão cheia de coisas pra viver. Retirar os excessos que me fazem mal. Admitir tudo aquilo que tenho de bom e que deixei de lado. Assumir minhas responsabilidades com a certeza que embora imperfeita sou capaz de realizar grandes e belas coisas. Decidi abrir as gavetas da alma e quando pensei que só encontraria coisas inúteis, descobri vários sonhos. Encontrei um lado lindo que eu havia esquecido que tinha. Uma alma bela, cheia de vida e transbordante de amor por si mesma e ao próximo. Um amor a Deus que não dá pra explicar, apenas sentir. Todos os dias abro uma gaveta nova. Jogo fora o que não presta, o que não vale a pena. Guardo as boas memórias porque são importantes para me motivar a seguir em frente e não esquecer quem eu sou. E levo comigo, a cada instante, as verdades de quem eu sou e pelas quais vale a pena insistir, seguir, investir. Os meus sonhos, todos aqueles que encontro, coloco em balões de gás, bem coloridos e os solto no ar. Sei que comigo, guardados, não são muita coisa, mas que aos braços de Deus, voando ao céu, eles ganham asas, deixam de ser sonhos e me levam a os realizar. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-65128846981383473032013-03-02T06:19:00.000-08:002013-03-02T06:19:00.443-08:00AO VOVÔ<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-wVajj9neSlg/UTIGICqpEiI/AAAAAAAACJw/6YTeSG_Jo0I/s1600/Polly+(148).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-wVajj9neSlg/UTIGICqpEiI/AAAAAAAACJw/6YTeSG_Jo0I/s400/Polly+(148).JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Marilu Pimenta</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ontem você se foi. Se foi do nosso dia a dia, da sua poltrona na sala, da mesa do truco com os amigos. Se foi da calçada, do banco da praça, da coxinha com coca cola, seu cardápio favorito. Ontem você se foi, mas não foi embora da gente. Ficou inteiro aqui no nosso coração. Das lembranças dos nossos almoços de domingo. Nas festas e danças com a vovó. Das lembranças de suas histórias tão ricas em memórias e lucidez. Ficou a sua integridade, honestidade e dignidade em cada filho, como orgulho e exemplo em cada neto. Aos bisnetos, ainda jovens e os que ainda não vieram, contaremos o grande homem que foi durante seus praticamente cem anos. Isto não é pouca coisa. Viver um centenário sem manchas, sem situações que te retirem o respeito dos outros, é coisa rara. Nem o seu jeito bravo, a teimosia, a dificuldade em abraçar e demonstrar afeto, tiram de você a certeza de ter sido amável e carinhoso ao seu modo. Confesso que muitas vezes senti falta de lembranças em colo de avó, de abraços apertados, coisa minha. Mas você, vovô, foi o meu único avô e muitas vezes o pai que a minha mãe não teve o direito de conhecer. E isto nos fazia amá-lo ao nosso modo, as vezes tão cheio de dificuldades de aproximação, de afeto, sem saber se o senhor gostaria ou não, mas tão cheio de vontade de acolhê-los em nossos braços a cada momento. Um grande homem, um grande exemplo, que não se perde com a morte. Ela não é capaz de levar embora uma vida tão rica em conteúdo e boas lembranças. Em cada filho, está muito de você. As vezes no temperamento um pouco difícil, mas acima de tudo, nos grandes homens, pais e mães, que eles só são capazes de ser através do exemplo que o senhor e a vovó foram capazes de dar. Em nós, netos, fica um desejo enorme de que nossos pais possam viver tanto e tão bem quanto o senhor. Um desejo que parece um grito de socorro, pra que nenhum deles vá embora antes do tempo, este tempo longo, centenário, que você nos ensinou que é capaz de acontecer com vitalidade, lucidez e saúde. Tomara Deus que ouça as nossas orações e dê a eles um pouco desta genética e desta vida regrada, sem vícios, que o senhor foi capaz de ter. Ontem você se foi, fisicamente apenas, porque seu corpo pediu descanso. Os ossos, os músculos, os órgãos, tudo precisava descansar num repouso eterno, sabemos disto. Sua alma, embora amasse viver, talvez estivesse também cansada de tantas histórias, lutas, desafios, conquistas e tanta vida. E então, chegou a hora. Ficou a gratidão eterna a Deus pela sua vida e tudo o que vivemos juntos. Ficou a saudade que vez ou outra baterá mais forte mas será confortada pelas boas lembranças e pelo amor e convívio entre cada um de nós, frutos da sua vida. Ficou muito mais do que foi, vovô. Pode ter certeza. Fica as memórias das nossas conversas, a minha cabeça de banana, a nossa última conversa ainda que curta, embora eu seja a faladeira, como o senhor mesmo concordou. Obrigada por esperado meu casamento, por ter vindo algumas vezes em minha casa e por rirmos algumas vezes de suas histórias. Obrigada por tudo, vovô. E não tenha dúvidas de que te amei muito e ainda amo no meu coração. Meus filhos, que ainda nem vierão, saberão quem você foi e o terão como exemplo, pode ter certeza disto. Agora, descanse em paz, porque viveremos e faremos o possível para que nossa vida valha tanto a pena quanto valeu a sua. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-17243928841827267122013-02-23T03:36:00.002-08:002013-02-23T03:36:13.500-08:00ESTA LEVEZA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-qpB-KvG7H_o/USindcl8qaI/AAAAAAAACF4/MtHd9MCf7yA/s1600/dente+de+le%C3%A3o.jpg7.jpg+pro+blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-qpB-KvG7H_o/USindcl8qaI/AAAAAAAACF4/MtHd9MCf7yA/s320/dente+de+le%C3%A3o.jpg7.jpg+pro+blog.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Getty Images</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esta leveza que tanto falo, que tanto busco. Esta leveza que muitas vezes foge, restando o peso da sua ausência. Esta leveza que algumas vezes volta, me visita, me invade, me sopra pra longe de tudo aquilo que parecia peso, dificuldade. Esta leveza, este sopro de Deus, que nos deixa suaves, agradáveis, trazendo frescor à nossa alma e à alma daqueles que passam por nós. Esta leveza contagiante. Esta leveza que falo, que busco, que hoje eu sinto. Uma leveza que tira meus pés do chão, o peso dos ombros, espanta os maus pensamentos e me invade com uma alegria tranquila e repleta de paz. Ah, esta leveza! Não sei viver sem ela. Mesmo que não venha todos os dias, que não seja constante, ah como eu gostaria que fosse. Ainda assim, me visitando aos poucos, eu agradeço a sua presença em mim. Porque esta leveza experimentada é o que me ajuda a carregar os pesos que são necessários depois, não curvada, mas voando...leve. Leve como os cabelos finos de uma criança, como um voo de parapente. Leve como os dentes de leão, voando com o sopro do vento. Leve. Leve é o que quero ser. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-84691970417152094542013-02-17T08:50:00.000-08:002013-02-17T08:50:01.881-08:00PRONTO PRA VOAR<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-_RM-3S8iTpg/USEHJwB73OI/AAAAAAAACFk/FyqQIpUm7as/s1600/Passarinho_gaiola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-_RM-3S8iTpg/USEHJwB73OI/AAAAAAAACFk/FyqQIpUm7as/s320/Passarinho_gaiola.jpg" width="251" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Por entre as frestas, espiava o mundo lá fora. O céu azul, o sol radiante. A vontade de sair voando, alto e com o destino de ser feliz, livre. A liberdade, seu sonho e também seu receio. Não que soubesse, mas o receio o impediu de aproveitar as chances que teve de escabar pra liberdade. O conforto da acomodação o deixava seguro. A liberdade, embora desejada, tinha seus riscos e suas responsabilidades. Ser livre é correr riscos sabendo que vale a pena. É assumir a própria vida, fazer suas escolhas. Por entre as frestas, espiava sua vida de uma forma diferente. Sonhava. Criava. A vida passou por entre as frestas, mas não acabou ali. A porta aberta agora, o convidava a coragem. A porta aberta o chamava para o lado de fora e viver tudo o que estava ali dentro de si mesmo. Era a hora, agora. Parou na porta, olhou a redor. Bateu medo, euforia,alegria, insegurança. Tudo junto, ao mesmo tempo. Não sabia como seria dali pra frente, mas sabia-se feliz e isto assustava mas não o impedia de seguir adiante. Parou na porta, pra respirar a liberdade. É preciso respirá-la primeiro antes de se jogar. E assim, aos poucos, foi se preparando. Bateu as asas, ensaiou o vôo. E de repente, quando menos esperava, sentiu-se cheio de coragem. Saltou para a realidade dos seus sonhos, para viver tudo aquilo que já estava ali, diante dele, esperando pra acontecer. Voou pra bem longe, sem saber que este voo o levaria para muito além de tudo aquilo que um dia sonhou.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-42900511622298846932013-01-30T11:43:00.003-08:002013-01-30T11:43:45.635-08:00SAUDADES ME LEVAM ALÉM<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-K-1LUZDh5tY/UQl0GnRG6JI/AAAAAAAACFU/tY3lDmRx4vk/s1600/1260498129.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="301" src="http://3.bp.blogspot.com/-K-1LUZDh5tY/UQl0GnRG6JI/AAAAAAAACFU/tY3lDmRx4vk/s320/1260498129.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />Tenho saudade de pessoas, de momentos, sentimentos, lugares. Saudades dos que já se foram, de uma forma ou de outra. Saudade dos que ficaram mas me apertam com suas ausências. Saudade dos sonhos que tive e não realizei, principalmente aqueles que abandonei. Saudade daquele momento em que me encontrei comigo mesma. Saudade daquele lugar onde eu pude estar completamente conectada com a natureza e então, com Deus. Saudade de sentir aquele amor de Deus. Tenho saudade das brincadeiras de infância, da inocência levada a sério. Saudade das gargalhadas que já dei e da leveza que vez ou outra eu consegui trazer em minha bagagem na maioria das vezes um tanto quanto pesada demais. Saudade de celebrar a vida através da respiração, somente. Respirar com cuidado, atenção, profundidade e verdade,dá saudade, pode acreditar. Saudade dos "nãos" que eu devia ter dado e não soube. Saudade dos "sims" que eu não soube aproveitar. Saudade de quando tudo parecia uma eterna brincadeira, quando a vida não passava do momento presente e nada mais. Hoje, tão cheia de passado e de futuro que pouco sobra pra aproveitar do agora. Saudade de andar de bicicleta e ralar os joelhos. Saudade de pentear minha Barbie, trocar inúmeras vezes de roupa, achando que a vida adulta era apenas isto...uma vaidade e glamour saudáveis e nada mais. Saudade de pessoas com sorriso largo no rosto e uma alma completamente iluminada. Saudade de ser olhada por elas por inteiro, e não pelos pedaços como a maioria sabe fazer. Saudade dos papos furados, dos telefonemas longos que hoje eu tenho tão pouca paciência de dar.Saudade dos encontros face a face, quando face era sinônimo de cara a cara e não de facebook, um fake da gente mesmo. Saudade de verdades, de sinceridades, de colo, porto seguro, olhar que acalma, palavra que acolhe, abraço que cura. Saudade destas pessoas que fazem a diferença na vida da gente simplesmente por existir. Saudade da coragem que me visitou algumas vezes e uma imensa vontade de que ela volte pra ficar. Saudade de falar com Deus abertamente, de ouvir com atenção tudo aquilo que Ele tem pra me dizer e não só ouvir, agir conforme Ele me chama e convida a cada instante. Não que não fale com Ele, todos os dias, várias vezes, mas é que as vezes minha cabeça está ocupada demais pra me permitir ser aquilo que Ele mesmo acredita que eu sou. Saudade de ser eu mesma, anulada tantas vezes pela opinião das pessoas ao meu respeito. Saudade de quando o mundo não tinha tanta violência, tristeza, corrupção. Saudade do meu olhar de criança, tão cheio de amor pra tudo e tão cheio de esperança de um futuro melhor pra todos nós. Tenho saudades. De praias, de instantes, do primeiro encontro com Deus. De amigos que me devolveram pra mim mesma. Saudade de aprendizados e descobertas, de superações. Sinto saudades, mas não sento na calçada para viver cada uma delas. Sigo adiante e as me impulsionam a viver, conhecer, ter e ser tantas outras coisas que deixarão saudades. Estas, não me pesam a bagagem. Elas, ao contrário, tornam minha caminhada mais leve na certeza de que tantas outras coisas boas eu ainda posso viver. Minhas saudades me convidam a insistir, seguir adiante, olhar pra frente e acreditar que o melhor está por vir. Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-86317924278237090392013-01-28T03:58:00.001-08:002013-01-28T03:58:22.881-08:00OLHOS ABERTOS<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Bt3xZ-6SU2Q/UQZgezIqzDI/AAAAAAAACFE/EL_Vbhf2kpE/s1600/olhar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-Bt3xZ-6SU2Q/UQZgezIqzDI/AAAAAAAACFE/EL_Vbhf2kpE/s320/olhar.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não via muito além de onde seus olhos eram capazes de alcançar. Já tinha visto, uma vez ou outra, nas poucas vezes que se permitiu sonhar. Mas não era habitual. Tinha medo de frustar seus sonhos e por isto sonhava pouco. Ou não, sonhava muito, mas evitava se lembrar e investir neles todos os dias. Os deixava de lado, num canto, pra caso um ou outro por sorte pudesse acontecer. Mas neles, investia pouco tempo com medo de disperdiça-los. E por isto, se permitia pouco. Estava se tornando rasa como seus sonhos, mas era profunda e isto a incomodava. Queria ver mais além, ir mais longe. Ter mais coragem, era tudo o que ela queria ter. Ousar sair por aí, sonhar todos os sonhos, viver tudo aquilo que se tem para viver. Medos, tinha vários, mas estava disposta a abandonar um a um daqueles que mais a incomodava, que mais a impedia de sair do lugar. Não, não estava sendo fácil enfrentá-los e combatê-los. As vezes doía, outras parecia impossível. Tantas outras chorava com medo de se permitir mais, de ser mais. Tantas vezes na vida ouviu que tantos dos seus sonhos não eram possíveis que ficou com medo de alcançá-los. Mas agora, estava disposta a enfrentar as vozes dos outros que se repetiam na sua mente. Estava disposta a destruir as muralhas que ela mesma construiu ou permitiu que construíssem à sua frente. Não seria de um dia para a noite, não seria tão rápido, não seria tão simples, pelo contrário, trabalho árduo, desafiante e que exigiria dela muita força de vontade e persistência. Mas uma vez disposta, era possível. Ver além era agora uma necessidade urgente. Um centímetro de cada vez. Pouco a pouco, não importa. Mas a cada dia sua visão se abria um pouco mais. E um pouco mais ela mesma se permitia viver. Ser feliz, realizar, construir, conquistar. E porque não cair, falhar e levantar. Quando mais além ela via, mais ela mesmo era capaz de conhecer. E se reconhecer humana, com limites e falhas, mas que não a impediam de ser o melhor que pudesse ser e fazer o melhor que pudesse fazer. E podia muito. Abrir os olhos era agora a sua prioridade e com isto começou a enxergar a alegria, a felicidade, a paz, o sucesso e tudo aquilo que ela mesma era capaz de ser. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-90611595199119778782013-01-14T09:34:00.001-08:002013-01-14T09:34:25.607-08:00CONFLITOS DE BONECA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-HRlnDF274oA/UPQ9mobH2UI/AAAAAAAAB9w/wI9P6KZuMKM/s1600/32177_560228060655117_779329638_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="256" src="http://1.bp.blogspot.com/-HRlnDF274oA/UPQ9mobH2UI/AAAAAAAAB9w/wI9P6KZuMKM/s320/32177_560228060655117_779329638_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Me guardo no armário do quarto da minha mãe. Prefiro ficar ali quietinha, escondida pra ninguém me achar. Gosto do colo que ela me dá, quando pára todas as outras brincadeiras que tem e lembra de me buscar. Me tira, acaricia os cabelos e cuida de mim. Ali, naquele quarto, me sinto protegida e amada embora as vezes abandonada e incompreendida. Sou uma boneca ou, pelo menos, gostaria de ser. Ficar quietinha no meu canto com a única responsabilidade de fazer feliz e sorrir aqueles que me encontram. Não, não sou uma boneca triste. Não é tristeza o que eu sinto. Sou alegre. Mas é que as vezes fico com muito medo, medo de ser largada de lado, medo das outras prioridades da minha mãe e que então eu enfim, tenha que crescer. É que chega uma hora que as bonecas perdem o sentido de ser e precisam crescer também, assim como as pessoas. É preciso abandonar os armários, sair das caixas e tomar outros rumos, outros ares, outras pessoas. Assumir quem é e seguir seu curso. Mas eu, que me acostumei tanto a ficar aqui, acomodadinha, sem ter nenhuma grande responsabilidade, tenho medo. Medo de não conseguir, de dar errado, de não dar conta. Ou até mesmo de dar tão certo, de conseguir tanto e deixar de ser boneca pra ser gente. É que sempre achei que gente é meio complicada, atribulada, cheio de tarefas e afazeres. Bonecas não, precisam apenas ser amadas e pronto. Minha vida de boneca é mais sem graça, eu sei, mas é menos arriscada e eu nunca gostei de correr riscos. Passei a maior parte da minha vida na caixa, guardada. Não, não tive dificuldades a não ser o meu conflito interno entre ser boneca ou gente, o que me perseguiu o tempo todo. Mas antes, não tinha a obrigação de crescer. Não tinha chegado a hora e o temor, quando vinha, eu deixava pra lá, pra depois e ia tocando em frente. Agora não. Chegou a hora. No armário já não me cabe mais, não que eu tenha sido expulsa, mas eu mesma não me encontro ali. Sempre tive vontade de ver como as coisas acontecem aqui do lado de fora e agora, agora que aqui estou, fico assustada e feliz ao mesmo tempo. Liberdade é coisa estranha pra quem a experimenta pela primeira vez. É gostoso, libertador, mas também amedronta, inquieta. Não quero voltar para o armário, mas não sei pra onde vou. Quer dizer, eu sei, mas é que as vezes acho que meus cabelos são de lã, meu corpo de espuma e que sou mais frágil do que realmente sou. Não me prepararam para viver a liberdade e agora, agora tenho que aprender sozinha. Crescer não é fácil, posso te dizer. Mas não vou recuar dos meus sonhos de ir cada vez mais além. Vai doer, eu sei. Vai machucar, to sentindo. Sei que vou cair, mas que posso me levantar. E sei que por dentro desta boneca de lã, corpo de espuma e sorriso doce no rosto, existe uma mulher forte, preparada e cheia de histórias de gente pra viver. Gente com tudo aquilo que toda gente tem, mas muito mais feliz do que eu possa imaginar.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-52641350875476276072013-01-12T05:01:00.005-08:002013-01-12T05:01:56.842-08:00SUCESSO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-JfwbJJttibY/UPFa8Yi-hEI/AAAAAAAAB9g/qOtNAE8NJok/s1600/sucesso-heder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="202" src="http://3.bp.blogspot.com/-JfwbJJttibY/UPFa8Yi-hEI/AAAAAAAAB9g/qOtNAE8NJok/s400/sucesso-heder.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sucesso é ter poder e autonomia para ser quem é. Sucesso é se assumir, aceitar e acolher. Mais que isto, sucesso é ser, apesar do ter. O sucesso não depende dos outros, apenas de você mesmo. Porque ainda que tantos te ajudem a alcançá-lo, é você quem terá que construí-lo, assumi-lo, direcioná-lo. Sucesso é, portanto, responsabilidade. É assumir a rédea da vida, é assumir o controle e a direção. Sucesso é autocontrole, é maturidade. Sucesso é acreditar em si mesmo, acima de tudo. Não, sucesso não é ter o poder e o dinheiro em suas mãos. Sucesso não é a arrogância e o autoritarismo.Sucesso não é apenas a conquista de bens, posses. Não, sucesso não é isto. Sucesso é ser feliz. Sucesso é ter saúde e celebrar a vida. Sucesso é fazer aquilo que gosta. Sucesso é amar sem medo e permitir ser amado. Sucesso é conquistar seus sonhos ainda que pequenos. É acordar de manhã, fazer uma caminhada, chamar de trabalho aquilo que se ama fazer. Sucesso é olhar pra dentro de si mesmo, com limites e qualidades, excessos e carências e ainda assim ser capaz de se admirar e amar. Se acolher. Se cuidar. Recomeçar. Sucesso é não temer quem se é, não temer crescer,amadurecer. Sucesso é ter calma consigo mesmo e com os outros. Sucesso é o respeito que se é capaz de ter. Sucesso é não desistir nos primeiros obstáculos,é ultrapassar barreiras, superar limites, mas respeitá-los. Sucesso é admitir que você nasceu pra dar certo e é isto que importa. Sucesso é não paralizar com a opinião dos outros, com as palavras malditas ao seu respeito. Sucesso é deixar prevalecer em você as palavras de vitória, de amor, de conquista. Sucesso é saber jogar fora o que não presta e ficar com o que vale a pena. Sucesso é não dar ouvidos àquilo que não te acrescenta. Sucesso é revelar Deus às pessoas apenas pela sua forma de existir. Sucesso é dar certo, ainda que muitas vezes tudo pareça dar errado. Sucesso é não ter que ter o controle de tudo, mas saber que tudo está sob controle. Sucesso é confiar em si mesmo, no que é capaz. Sucesso, tantas vezes confundido. Tantas vezes mal interpretado. Poder, fama, dinheiro, posse. Este que leva as pessoas a deixarem de ser quem são, sua essência, para se acharem melhor que os outros. Não, não quero este sucesso. Pra mim, sucesso é todos estes outros, estas coisas de alma. Não é fácil assumi-lo, aceitá-lo. É preciso acreditar e se permitir o sucesso. Quantas vezes fomos criados e educados com limites, fragilidades apontadas como impedimento ao sucesso. Quantas vezes nos apresentam como não merecedores e assim passamos a nos ver. Mas é preciso olhar pra nós mesmos não com os olhos que os outros nos vêem, mas com nossos próprios olhos. Se olhar, observar, se enxergar como realmente é. E então perceber que dar certo só depende de você e o primeiro passo é acreditar que você já deu certo.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-90104860424929809282012-12-29T19:39:00.003-08:002012-12-29T19:39:31.402-08:00SOU EU <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-jlp64rSD0oE/UN-zOKzEJgI/AAAAAAAAB34/Gj0H1CqQ-Lo/s1600/espelho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="243" src="http://4.bp.blogspot.com/-jlp64rSD0oE/UN-zOKzEJgI/AAAAAAAAB34/Gj0H1CqQ-Lo/s320/espelho.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sou complexa, incompleta. Me construo e reconstruo a todo instante. Sou o medo de uma vida morta, sem sentido. Sou as fragilidades que insisto em não aceitar e as qualidades difíceis de assumir. Sou aquilo que sou e o que os outros querem que eu seja. As vezes sou mais o que os outros esperam e tão pouco de mim. Me perco. Sou a busca pelo meu reencontro. Sou a coragem em me enfrentar, descobrir, revelar. Sou inteiramente amor ainda que me perca na forma de demonstrá-lo. Ainda que o amor me assuste, amedronte, machuque. Sou o amor todo que sinto e a falta que as vezes ele me faz. Sou alegria e angústia. Ansiedade e tranquilidade. Medo e coragem. Sou os meus sonhos não realizados e todos aqueles que já conquistei. Sou minha infância de sorrisos, minha rebeldias de adolescente e minhas expectativas de futuro. Hoje,sou quem eu quero ser. Talvez já seja, mas é que tô me reencontrando pra ver quem eu acho. Sou as transformações de cada encontro comigo mesma. Sou o impacto das palavras.Sou meus sentimentos mais guardados. Sou feliz, embora as vezes um pouco triste. Sou quem eu mais admiro e com quem muitas vezes me decepciono. Tenho uma relação de amor e cobrança comigo mesma. Quero demais de mim, as vezes mais do que posso dar. Preciso ser mais tolerante, amável comigo mesma. Sou a vontade de ser melhor e a dedicação para que isto aconteça o quanto antes. Sou a ansiedade em ser aquilo que Deus quer que eu seja, embora eu saiba que Ele precisa da minha paciência pra me levar até lá. Sou um monte de pensamentos e as vezes um pouco de ação. Sou palavras e gestos. Sou a intensidade de uma tempestade que passa. As vezes sou arco-íris. Sou a palavra amiga para as pessoas e tento, sim, tento ser pra mim mesma também. Sou o desejo de tornar todos felizes para que eu também seja um pouco mais. Sou a satisfação com a realização do próximo e as inseguranças que tenho em lidar com os fracassos. Sou perfeccionista embora não tão detalhista. Sou a luz que surge no meio da escuridão. A sinceridade que falta na maioria das vezes. Sou a honestidade em revelar quem sou. Sou a falta de vergonha de assumir meus erros quando apontados de forma suave. Sou a fala aberta, o coração escancarado. Sou a idealista que sonha em um mundo melhor, maior, mais feliz. Sou o pássaro que saiu do cativeiro e ainda aprende como voar e sobreviver do lado de fora. Sou a borboleta que desamassa as asas e aprende a lidar com a nova forma. Sou esta metamoforse e como tal, sou a adaptação. Sou oito ou oitenta. Sou fiel até o fim. Sou cheia de fé e ao mesmo tempo com tão pouco dela. Sou um vaso que retorna ao oleiro para ser quebrado e refeito. Sou tudo o que vivi e tudo aquilo que viverei. Sou o que escolho ser hoje, ainda que o que sou seja temporário. Sou as mudanças que terei que viver, os sonhos que irei realizar e já realizo. Sou muito mais do que vejo no espelho, sou a minha alma: escancarada, iluminada, linda,leve, cintilante...mas que ainda não descobriu que mesmo com as luzes apagadas é capaz de brilhar ainda mais!</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-49209956198366732722012-12-29T19:13:00.002-08:002012-12-29T19:13:37.701-08:00ABRAÇO DO PAI<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-QWhlkzFt8ko/UN-uROouSMI/AAAAAAAAB3o/inPbHiMLtvc/s1600/BRAOS_~1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-QWhlkzFt8ko/UN-uROouSMI/AAAAAAAAB3o/inPbHiMLtvc/s1600/BRAOS_~1.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto:autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descanso. Abrigo. Consolo. Paz. Tranquilidade. O silêncio das respostas que busco. Aconchego. Segurança. Apoio. Enxugo para as minhas lágrimas, até mesmo as que ainda não caíram. A calma que preciso para seguir em frente. O ar que eu respiro profundo e suavemente. Afeto. Carinho. Amor. A cura para todos os meus medos e inseguranças. A compreensão que não encontro no mundo. O olhar acolhedor traduzido em tato. Contato. Uma brisa leve no rosto. Uma leveza na alma. O acariciar dos cabelos. Deitar a cabeça no Teu peito e sentir regular meu coração com o Teu. Derramar meus sentimentos sem vergonha. Envolver-me em seus braços. Ouvir a Tua respiração,as batidas do Teu coração. Entregar meus receios, diluir as ansiedades. Sentir. Viver. Curtir. Me entregar nos seus braços, no Teu abraço é isto. O Teu abraço é o melhor lugar pra estar, morar, existir. É no Teu abraço que me encontro, que me devolvo, que me envolvo, que sou. Fora dele, não me reconheço, me perco, não me acho. O Teu abraço, ah, o Teu abraço. Fecho os olhos que é pra aguçar os sentidos. Te vejo melhor quando olho pra dentro de mim. Te encontro em meu peito que o nosso abraço selou. No Teu abraço quero passar os dias, as horas, as semanas. No Teu abraço quero passar meus anos, todos os que ainda me restam viver. No Teu abraço quero construir a minha história, gerar os meus filhos, meu riso, meus sonhos. Construir minha família, amar meu marido, ser mãe,filha, mulher. Só no Teu abraço eu quero ser. Só no Teu abraço eu posso ser. Mais. Melhor. Tudo aquilo que planejou. No Teu abraço, me leva. Me envolve, me chama, me prende. Não me deixe sair. Pode apertar se tiver que ser, ainda que eu saiba da tua liberdade em me deixar ir e vir quando quiser. Mas por favor, faça-me permanecer. Convence-me do Teu melhor. Não me deixe vacilar. Seduza-me no Teu abraço, porque maior amor não há. Nele eu sou melhor, sou eu mesma, sou completa. No Teu abraço, só no Teu abraço. Minha morada, meu lugar secreto. Leva-me pro Teu abraço, pra sempre e nada mais.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-58026162358575052222012-12-20T09:05:00.001-08:002012-12-20T09:05:18.442-08:00QUANDO NINGUÉM TE VÊ<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-xwmZT23hedQ/UNNCCNPuxnI/AAAAAAAAB3Y/a9RmAFFlwng/s1600/amor+colorido+-+carlos+lopes+santos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="http://3.bp.blogspot.com/-xwmZT23hedQ/UNNCCNPuxnI/AAAAAAAAB3Y/a9RmAFFlwng/s320/amor+colorido+-+carlos+lopes+santos.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Somos a expectativa do outro. Somos tudo aquilo que o outro espera de nós. E aí, nos tornarmos em nossas ausências. Somos a necessidade de bondade que os outros têm. Somos a preocupação que o outro precisa receber. Somos o ombro amigo e muitas vezes o corpo inteiro que carrega fardos que são de todos e não nossos. Somos o olhar do outro sobre nós, enquanto nossos olhos não conseguem se ver. E neste processo de ser tudo aquilo que as pessoas clamam, tudo aquilo que as pessoas esperam,tudo aquilo que elas muitas vezes precisam, deixamos de ser quem somos. A busca por satisfazer o outro de alguma forma, satisfaz a nós mesmos. Ser aquilo que o outro espera, gera uma aparente segurança que nos impede de sermos rejeitados. Se nos os frustramos, não somos frustados em não atender aquilo que o outro precisa. E nos exigimos bonzinhos demais, certinhos demais, padrões demais...que não são nossos. Incorporamos crenças que não temos, mas que assumimos dos outros. Criamos lógicas de comportamento que não fazem o menor sentido, embora acreditamos ser o sentido da nossa vida. Tentamos evitar o sofrimento do outro com a preocupação que temos com ele. E assim, tentamos evitar o nosso próprio sofrimento, causando algo ainda pior. Numa sociedade altamente exigente com o outro, deixamos de ser nós mesmos para agradar aos outros e satisfazer as expectativas e padrões da sociedade. Nos abandonamos no meio do caminho e seguimos como se a ausência de nós mesmos não os fizesse falta. Nos acostumamos com o olhar do outro e nos acomodamos em sermos ou pelo menos tentarmos ser aquilo que lhe agrada. Bons ou maus, alegres ou tristes, realizados ou frustrados, somos aquilo que somos quando ninguém nos vê. Quando ninguém te olha e você está consigo mesmo, quem você vê? A questão é que seguimos adiante sem parar para olhar pra nós mesmos e é preciso se encontrar pra se chegar onde quer. Somos a nossa melhor companhia e isto é imprescindível para o sucesso da caminhada. Pare um instante, encontre consigo mesmo. Quais são suas essencias, seus valores, suas crenças (não as dos outros?). Em que você realmente acredita? Consegue acreditar em você? Mantenha um diálogo franco e seguro consigo mesmo e se reconheça. Se descubra ou redescubra se necessário for. Quando ninguém te vê é o melhor momento de você se olhar e descobrir exatamente quem se é. Não tenha medo de enfrentar o seu melhor ou seu pior, você é seu melhor amigo, aquele com quem poderá contar e o único que será capaz de ajudar a torná-lo em uma pessoa ainda melhor. Deus espera este encontro, esta reconciliação para realizar em você tudo aquilo que planejou. Não perca tempo.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-46706855265460958822012-12-16T13:47:00.002-08:002012-12-16T13:47:26.630-08:00MINHAS PALAVRAS<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-gqzkn5gUSdw/UM4_faSIokI/AAAAAAAAB3I/1H2WSDMKQjA/s1600/craigward4-778868.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-gqzkn5gUSdw/UM4_faSIokI/AAAAAAAAB3I/1H2WSDMKQjA/s400/craigward4-778868.jpg" width="313" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Palavras pra mim são contraditórias e ao mesmo tempo fascinantes. As que calo me aprisionam. As que digo, me liberta para um mundo inteiro de possibilidades. Se bem ditas, podem transformar realidades cinzas em um verdadeiro arco-íris. Confesso, busco sempre bem dizê-las embora nem sempre eu consiga. As vezes, as mal digo. As palavras me levam a caminhos que muitas ações, isoladas, não conseguiriam me levar. Me apresentam possibilidades. Curam feridas. Me revelam quem eu sou, no mais escondido do meu eu. Quantas vezes a palavra que digo ao outro me impacta tão ou mais que os outros que a ouvem. Cruéis podem ser as palavras que ouço, principalmente as que malditas eu insisto em guardar no coração. É que o coração não foi feito para armazenar o que não é bom. É um lugar sagrado, de beleza. Quando acumula lixo, grita, adoece e muitas vezes em forma de palavras. É assim comigo e com você. Mas palavras devem ser cuidadas, assim como as pessoas. Devemos saber silenciá-las e dizê-las na hora certa, mais ainda, da forma certa. Converso com mim mesma a todo instante,mas as vezes a conversa é dura e cruel, como não deveria ser. As palavras devem ser usadas com amor para não causarem dor. E quando boas, e quando amáveis, não devem ser caladas sem antes serem ditas a si mesmo e aos outros. Se não conseguir verbalizá-las em forma de diálogo, pegue um papel e as escreva, ainda que soltas, desorganizadas. As palavras mesmo sem forma, têm o poder de organizar as coisas dentro da gente, principalmente os sentimentos. As palavras de amor que não dissemos nos adoece, mas quando as usamos de maneira franca e sincera, ah, as palavras são capazes de realizar o que há de mais lindo, belo, puro e restaurador que você já pode imaginar. </div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-61551946346117074192012-12-14T11:35:00.003-08:002012-12-14T11:35:29.883-08:00ESCRITURA DE SI MESMO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Exjgn8UqiuI/UMt76QrrIoI/AAAAAAAAB20/KMemqmJTltI/s1600/escritura1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-Exjgn8UqiuI/UMt76QrrIoI/AAAAAAAAB20/KMemqmJTltI/s320/escritura1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O território da nossa vida não é abandonado, pelo menos não deveria ser. Como um lote vago é assumido por algo, ainda que entulho e lixo, a nossa vida também é assumida de alguma forma. Se nos abandonarmos, outros virão depositar lixos, jogar entulhos. Os matos ocuparão os espaços vazios causando o medo, esconderijo de ratos e tantas coisas que nos fazem mal. Mal cheiro, escombros, escuro que nos impedem de enxergar a amplitude do terreno, a beleza da obra que ali pode ser feita. Os lotes vagos e abandonados, nos impede de enxergar o valor que têm. Por isto, quando se pretende vender um terreno ele é antes limpo e cuidado, para então ser devidamente valorizado pelo possível comprador. Com o território da nossa vida não deve ser diferente. Se não nos cuidamos, amamos e preenchemos este território com a construção daquilo que somos, alguém irá fazê-lo por nós e a construção ou desconstrução do outro pode nos magoar. Obras inacabadas, ruínas. Ladrões que vêem roubar o nosso espaço. Assuma o terreno que é você. Conquiste o território de si mesmo. Olhe pra si mesmo com olhos de amor. Há muito lixo? Coloque as luvas e comece você mesmo a limpar tudo o que é sujo, tudo o que é lixo e descartável. Se contaminado, jogue o veneno do amor próprio e purifique o espaço que você é. O auto conhecimento é uma maneira de colocar a escritura da sua vida no seu nome. Faça isto. Não tenha medo de olhar pro território da sua vida e assumir as suas imperfeições, os seus limites. Não tema iniciar a obra que você não sabe quando conseguirá terminar, mas começar pode ser agora. Não tenha medo de olhar pro seu território com olhos de verdade, descobri nele as rachaduras no muro ou as cercas destruídas pelo saqueadores. Comece a limpeza de si mesmo, inicie a posse do seu território. Assine a escritura, coloque no seu nome, arrume as barreiras do amor próprio que coloca limites ao outro para que não venha roubar de você aquilo que você é e tem de melhor. </div>
<br />Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-33256466277868897542012-12-14T04:59:00.000-08:002012-12-14T04:59:08.742-08:00ESTA TAL VAIDADE<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-12i1ZZflby4/UMsfY-40XTI/AAAAAAAAB2k/1oIGIBKcb88/s1600/vaidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-12i1ZZflby4/UMsfY-40XTI/AAAAAAAAB2k/1oIGIBKcb88/s320/vaidade.jpg" width="250" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sou vaidosa. Não, não pinto cabelo a cada 20 dias. Saio de casa sem esmaltes, nos pés e nas mãos. Nem todo dia passo batom. Sou vaidosa. Não, não tenho o carro e muito menos o celular da moda. Não conto vantagens ao meu respeito. Mas sim, sou extremamente vaidosa. Não me acho tão bonita quanto sei que sou. Quando olho no espelho, vejo mais as espinhas e manchas da minha pele que o brilho dos meus olhos. Sim, minha auto-estima não é boa como você imagina que seja a de todas as pessoas vaidosas. Não, pelo contrário. Acredito que auto-estima e vaidade são coisas quase que opostas. Enquanto a auto-estima é algo de dentro, da imagem que você faz de si mesmo, do gosto que você tem por ser quem é a vaidade é a preocupação com o olhar do outro, em ser aquilo que irá satisfazer ou superar as expectativas do outro. Vaidade. Sim, sou vaidosa. E é desta vaidade que se fala e se condena por aí. Se vestir bem, cuidar de si mesmo, tudo isto é bacana quando feito por si mesmo e não para os outros. Uma boa auto-estima é necessário e essencial para o equilíbrio da alma. Vaidade não. Destrói e te afasta de quem você realmente é. E não sendo quem você é, não possuindo a si mesmo, você não consegue se doar aos outros porque a gente não pode dar aquilo que não possui. Sim, sou vaidosa. E desconfio que você aí também seja. É que muitas vezes atribui como vaidade questões tão simples de auto estima e não coloca os olhos sobre as importâncias que status, poder, aceitação dos outros têm sobre você. Aprendamos a nos enxergar com olhos desvendados. Que possamos ter a coragem, porque é preciso coragem, de descobrir em nós as vaidades que nos afastam de nós mesmos. Para alguns, vaidade é a riqueza e os bens materiais. Para outros, a vaidade é estar esteticamente impecável por medo de não ser bem visto fisicamente aos olhos dos outros. Vaidade é o medo da rejeição, porque se você já não se possui ser rejeitado e não ter a menor chance de sobreviver. Observe a si mesmo e descubra quem você é. À medida que você possuir as suas verdades, aquilo que você é e porque você é, respeitar a sua história e aceitar a si mesmo, as vaidades vão perdendo a força e a autonomia, tão necessária e urgente na vida de cada um de nós, vai tomando forma e força em nós. Sou vaidosa, reconheço. Mas não me acomodo nas vaidades que descubro em mim. Entro num processo de faxina e de jogar fora estes excessos. Difícil? Demais. Mas necessário para que eu possa retomar a caminhada de "ser" aquilo que Deus tem pra mim. Todos, digo todos, nós temos nossas vaidades. Você também não está fora disto. E que possa então ter a coragem de reconhecê-las agora, de encarar suas realidades e seguir adiante nesta caminhada de ser melhor do que já é...não para os outros, mas acima de tudo, para você mesmo.</div>
Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-7464558146549186382012-11-30T03:15:00.001-08:002012-11-30T03:15:49.556-08:00MEU CAMINHO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HjNxCoIpB84/ULiVN_BtQMI/AAAAAAAAB2U/9FhH-rrzSwo/s1600/arco-iris%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="http://4.bp.blogspot.com/-HjNxCoIpB84/ULiVN_BtQMI/AAAAAAAAB2U/9FhH-rrzSwo/s320/arco-iris%5B1%5D.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
Na caminhada da minha vida tenho aprendido que a velocidade do passo não garante a certeza da chegada. Muitas vezes, quando me apresso o passo, perco a beleza que está no caminho e tantas coisas que ele temp pra me ensinar. As pedras que ultrapasso me revelam a capacidade que tenho para ultrapassar as barreiras da vida. A firmeza das passadas, a força que tenho para seguir em frente. Se me canso na caminhada, aprendo a respeitar meus limites e a aceitar que o descanso não é retrocesso mas acima de tudo respeito a mim mesma. Na caminhada da minha vida aprendo a cada instante. Tento frear meus passos, olhar ao redor. Cumprimentar as pessoas, sorrir para os pássaros. Acreditar que como eles eu posso voar, ir mais além. Na caminhada da minha vida aprendo a aceitar o ritmo dos outros. Entendo que nem todos estão preparados para caminhar comigo. Alguns mais à frente, outros mais atrás. Não posso parar o meu caminho para esperar os que estão atrasados. Eles têm o ritmo deles e eu o meu. Não preciso correr para alcançar os que estão à frente, corro o risco de tropeçar e me machucar. É preciso seguir do meu jeito, com calma. Mas seguir adiante.Respirar bem fundo, sentir o sabor do vento. Levar comigo apenas as bagagens que reamente preciso e que são possíveis de carregar. Deixar pra trás os pesos excessivos. Aquilo que torna ainda mais difícil caminhar. Seguir o mais leve que puder e deixar que cada vez mais a leveza tome conta dos meus passos,ainda que meus pés se cansem...se a alma estiver leve, mais passos posso dar. Na caminhada da minha vida eu preciso estar atenta. Olhar pra mim mesmo e não desviar os olhos daquilo que realmente sou. Apreciar as flores, aproveitar o sol e não reclamar da chuva. Me refrescar quando ela vier. Não meter as tempestades, porque sempre haverá o refúgio onde eu possa me abrigar. E depois dela, que a pressa não me impeça de ver o arco-íris que me aponta onde irei chegar.Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-64256739390331489722012-06-12T07:19:00.000-07:002012-06-12T07:19:07.332-07:00DIA DOS ENAMORADOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-nbul8egW31o/T9dPuduIjvI/AAAAAAAABQw/ADpuYziSujU/s1600/DIA_DOS_ENAMORADOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-nbul8egW31o/T9dPuduIjvI/AAAAAAAABQw/ADpuYziSujU/s320/DIA_DOS_ENAMORADOS.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="hasCaption">Um dia, resolvi não concordar com as pessoas
que diziam que só experimentava o amor quem tinha um namorado. Estas
coisas de sexo oposto que já deixaram de ser quando o homossexualismo
chegou pra desmascarar tudo. Suspeitava que isto era mesmo uma mentira.
Sempre duvidei que amor fosse apenas esta coisa que sentimos quando
dividimos a saliva e a cama com alguém. Pra mim, amor não é beijo na
boca. Não que beijo na boca não seja uma das maravilhas do mundo, mas
amar é mais que isto. Eu acredito! Então, um tal de Aurélio me contou
que existia o enamorar. E que enamorar era inspirar amor em alguém ou
simplesmente deixar-se possuir de amor. E nisto, confirmei minha
suspeita. Dia dos Namorados não devia se assim chamado. Não só está
apaixonado quem está atualmente namorando no seu status civil. Os
casados também amam. Os solteiros também amam. Os sozinhos também amam
alguém que já passou pela sua vida e deixou o amor como recordação. Ama,
aquele que é inspirado pela beleza da natureza. Os que se apaixonam
pela vida também amam tudo e todos que nela estão. Dia dos Namorados não
é celebração do amor. Nem todo namorado está certamente apaixonado.
Vejo muitos casais por aí que namoram a presença do outro que o impede
de ficar sozinho. Namorados que amam o dinheiro e status do outro.
Namorados que amam a companhia nas baladas, que amam os amassos debaixo
dos lençóis mas que não amam o amor que o outro desperta nele. Se é que o
desperta, o amor. Certo seria que hoje fosse Dia dos Enamorados. Aí
sim, seria celebrada toda forma de amor. Todos os apaixonados, todos os
artistas que pintam o amor e todas as suas cores nas mais diversas
formas. Hoje, seria o dia dos voluntários. Seria o dia dos avós e avôs.
Dia de pai e mãe, dia de filho. Seria o dia do irmão e da irmã, dos
amigos que são a família que a gente escolhe ter. Seria o dia das
paqueras que por um instante a gente ama ter como companhia. Seria o dia
dos casamentos duradouros, dos amores que insistem em ser pra sempre.
Dia dos Enamorados era um dia pra comemorar as paixões e suas facetas.
Enamorados os que se deixam levar pelo amor, viajam nele por caminhos
surpreendentes e distantes. Enamorados os que inspiram o amor como os
poetas, cantores e trovadores. Enamorados, as crianças que se abraçam na
hora do recreio. Os velhos que ainda andam de mãos dadas. Dia dos
Enamorados não seria dia de fazer fila em motéis, de recorde de vendas
em sex shop e muito menos o dia dos amantes. Enamorar-se não é
simplesmente seduzir e ter prazer. Muito menos apenas dar prazer e
pronto. Enamorar-se é entregar-se ao outro e apaixonar-se pelo que ele
representa na sua vida. Enamorar-se é relembrar estórias, é desejar
companhia mais que beijo na boca. Dia dos Enamorados é dia de dizer "Eu
te amo", dar um abraço apertado e sem hora pra acabar. Enamorados são os
únicos capazes de eternizar os momentos, por mais curtos que sejam.
Enamorados não são nenhum pouco lucrativos para o comércio, é verdade.
Beijos, abraços, bilhetes de amor, um olhar carinhos, nada disto tem seu
preço. Nenhum gesto enamorado pode ser revertido em compra, venda ou
aluguel. Nenhum dinheiro do mundo pagaria o que se sente quando está
enamorado. Talvez por isto seja mais lucrativo vender o namoro, que pode
ser gostoso, mas é limitado e nos rouba a chance de compreender que
enamorar-se não exige fidelidade porque é livre, belo e simplesmente
maravilhoso. E a partir de então, passei a celebrar os ENAMORADOS e nada
mais.</span></div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-91698324394977745452012-06-01T09:36:00.002-07:002012-06-01T09:36:20.994-07:00NO OPOSTO<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-OhO5GOvm5Yw/T8jvZpynEJI/AAAAAAAABOU/fPQM2e7Wm3o/s1600/voc%C3%AA-%C3%A9-salvo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="165" src="http://1.bp.blogspot.com/-OhO5GOvm5Yw/T8jvZpynEJI/AAAAAAAABOU/fPQM2e7Wm3o/s320/voc%C3%AA-%C3%A9-salvo.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
E me apontam a direção. O rumo que devo tomar, a forma com que devo
andar ou me vestir. Apontam meu defeitos como se eles determinassem
aquilo que sou. Apontam o caminho que muitas vezes é o mais fácil mas
menos eficaz. Apontam como se tivessem certeza, como se soubessem
exatamente pra onde irão me levar. Não sabem. A vida nos aponta, a
sociedade praticamente nos empurra para o caminho que ela acha que devo
seguir. O emprego fácil, o marido rico, o preconceito com alguém fora
dos padrões impostos, a omissão dos sentimentos, a superficialidade e
as futilidades que é mais conveniente ter. Os dedos apontados na minha
direção e tantas outras que devo seguir me incomodam, mas não me
intimidam mais. Muitas e tantas vezes segui a direção que me disseram
por medo de fracassar com a diferença, com a rebeldia de não caminhar na
direção que me sugeriam. Medo de ser eu mesma, talvez. Medo de
desagradar, de fracassar. Fracasso mesmo é não seguir pra onde a gente
acredita que deve ir. É não ser aquilo que somos e queremos ser pra nós
mesmos e pro mundo e aí, resolvi fazer minhas vontades, andar conforme
minha intuição. Não, não quero mais seguir caminhos impostos e apontados
como receitas prontas para o sucesso. Quero seguir adiante, ainda que
entre erros e quedas, que nada mais me farão do que crescer e aprender.
Não, não me apontem direções vazias com pobres argumentos. Prefiro ouvir
a voz de Deus que fala aqui, bem dentro de mim e pertinho do ouvido.
Ela me move pra onde eu devo chegar e se não for aonde você queria que
eu estivesse, me desculpe. É que eu decidi que viver pra mim é muito
mais ser eu mesma e aquilo que Deus quer, do que o que você espera que
eu seja. E fim.</div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-32133848920183212812012-02-14T08:30:00.000-08:002012-02-14T08:30:46.440-08:00TAL FRAQUEZA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-twYnJ8zIz1A/TzqCLmBC6eI/AAAAAAAABEM/FQXc4XfWgiM/s1600/tumblr_lq36zdRSYg1qhbjepo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" src="http://3.bp.blogspot.com/-twYnJ8zIz1A/TzqCLmBC6eI/AAAAAAAABEM/FQXc4XfWgiM/s320/tumblr_lq36zdRSYg1qhbjepo1_500.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Somos fracos para carregas as pressões do dia a dia. Somos frágeis, não suportamos a fama que um dia tanto sonhamos alcançar. Somos fracos para suportar os sonhos que os outros impõem a nós, as expectativas em excesso de tantas coisas que nem ao menos prometemos realizar. Somos frágeis, esta é a verdade, mas é difícil aceitar. Somos fracos para aguentar os medos, as angústias e as inseguranças que insistimos em carregar.Somos frágeis, não pense que não somos. Tanto quanto você, somos frágeis. A fraqueza que temos não nos deixa menores que os outros, porque embora diferentes, não há exceção. Humanos que somos, temos limites e estes limites são os que nos deixa frágeis, não fortes o suficiente para suportar tantas coisas. Frágeis, tão frágeis que muitos passam a vida fingindo ser fortes e por isto gritam, brigam, batem, matam, para demonstrar uma força que não têm a fim de mostrar a fraqueza que é uma ferida aberta dentro do peito. Frágeis, que tomamos remédios pra dormir, suportar as dores do mundo, a solidão, os medos, esquecer de tudo e tantas vezes, esquecer a própria vida. Frágeis, isto que somos. Vivemos com máscaras, fingimos o que não somos, ter o que não temos. A fraqueza da cobiça pelo que o outro tem, da inveja, a fraqueza da maldade que mata sem motivo algum, como se houvesse algum motivo válido para tirar a vida de alguém, ou a própria vida. Somos frágeis, não suportamos traições, tememos a solidão. Não suportamos término de namoro, casamento, não aprendemos ou não sabemos perder. Queremos ganhar e querer ganhar o tempo todo nada mais é que a fraqueza que somos,que temos. Frágeis, somos frágeis. A fraqueza do medo que nos impede de agir, a fraqueza da intolerância que não aceita as diferenças e não respeita a opinião do próximo. A falta de amor, maior das fraquezas, causa de tantos desastres por dentro e por fora da gente. Somos frágeis. Bebemos pra justificar a ausência do controle que não temos, nos drogamos pra viver sensações que não sabemos viver. Matamos porque não sabemos amar diferente, não sabemos dividir, não conhecemos o respeito, matamos que é pra não morrer de uma fraqueza que enlouquece. Frágeis, seres humanos. Todos os dias no noticiário. O filho roubado pela fraqueza de não suportar a infertilidade. A ansiedade, fraqueza de não saber esperar e respeitas os próprios limites. O sequestro, fraqueza de sentir prazer ao ter alguém sob o domínio próprio, domínio que não se tem. As fraquezas humanas hoje são expostas como BBB, com excelente audiência de tantos outros que não admitem as próprias fraquezas e se divertem sobre as fraquezas dos outros. Assunto dos maiores noticíarios do país e do mundo, a fraqueza tem causado mortes, escândalos, assaltos, assassinatos, suicídios, polêmicas e tanta,tanta violência. Quanta fraqueza! Não era pra ser encarado desta forma o fato de sermos frágeis. A nossa fragilidade é o que nos torna tão encantadores, tão diferentes dos outros animais. Fragilidade que nos deixa doces, humildes, que nos torna humanos. Esta fragilidade que nos faz acolher o outro e sermos acolhidos. Fragilidade,ela sim é a nossa força. E se não formos capazes de aceitá-la como tal, de assumirmos como somos, ela nos torna desumanos o que não nos fragiliza, mais do que somos, mas o que nos incapacita e nos impede de sermos tudo aquilo que nascemos pra ser.</div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-68168221721425270582012-02-11T06:04:00.000-08:002012-02-11T06:04:05.761-08:00ANDO DEVAGAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/--opaCXEhKYM/TzZylmpA7PI/AAAAAAAABEE/Q_clZdoUHG4/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/--opaCXEhKYM/TzZylmpA7PI/AAAAAAAABEE/Q_clZdoUHG4/s1600/images.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não, eu não gosto de radicalidades. Estas coisas que acontecem, que tiram o chão, que mudam totalmente o rumo das coisas para que uma outra mudança aconteça. Raspar o cabelo pra se mostrar autêntica. Saltar de páraquedas pra dizer que é livre. Parar de comer pra emagrecer. Adoecer pra dar valor à saúde. Não, nada disto me comove e muito menos me convence. Não gosto de radicalidades e não quero ter que passar por elas pra seguir o caminho reservado pra mim. Gosto de aprender sem grandes conflitos, observar o passo dos outros e ditar meu ritmo. Gosto de, no silêncio, ouvir a voz de Deus, sem ter que ouvir o grito Dele em meio a tanto barulho que eu possa fazer. Não quero as radicalidades, por mim, abro mão de cada uma delas. Isto não me garante que passe a vida inteira aprendendo sem conflitos, mas me proporciona aprender grande parte das coisas sem passar por terremotos e vulcões. Não, eu não gosto de radicalidades. Estes sacrifícios absurdos que as pessoas fazem pra alcançar aquilo que desejam. Tão mais simples é incorporar novos hábitos, adquirir boas maneiras, dar um passo de cada vez. Os imediatismos movem as radicalidades. Esta coisa da ansiedade, do ter agora e não amanhã. De não saber esperar, de ter que provar aos outros que se é capaz, como se as vitórias e conquistas só fossem possíveis na correria, ignorando cada passo que o vencedor dá durante o seu trajeto. Não, não gosto de nada disto. Prefiro seguir sempre adiante, sem recuar, sem vacilar, mas respeitar meus limites e a cada dia dar um passo novo rumo ao lugar que quero chegar. Se quero emagrecer, faço caminhadas, uma atividade física ou outra e moldo minha alimentação aos hábitos mais saudáveis. Cortos os excessos e as carências, porque tanto um quanto o outro nos fazem mal. Se quero alcançar um sonho que é caro, economizo a cada dia, sempre um pouco, pacientemente, até chegar ao valor que tanto desejo. Se quero correr, aperto o passo da caminhada que é pro corpo não sofrer com a corrida repentina e o coração se acostumar ao batimento mais forte. Tudo mais lentamente, mais pacientemente. Não, não pense que é fácil e tão menos que eu tiro de letra este jeito manso de viver. Longe disto. Mas é assim que acredito ser melhor, é assim que minha alma pede pra viver, embora vez ou outra eu a atropele com meus sentimentos tolos de satisfação aos outros e a mim mesma, imediatamente. Ando devagar, porque conheço a pressa e sei que com ela o risco é sempre maior. Lentamente, aprecio a paisagem, aprendo com os passos, conheço meus limites e minha caminhada fica cada vez mais segura pra chegar ao fim, ainda que lentamente.</div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-53836678226644019612011-12-14T04:43:00.000-08:002011-12-14T04:43:24.372-08:00ABANDONADOS<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Cp7ZfseD_Gc/TuiXiy3vxRI/AAAAAAAAA70/vOd9OPW-U1w/s1600/abandono.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-Cp7ZfseD_Gc/TuiXiy3vxRI/AAAAAAAAA70/vOd9OPW-U1w/s320/abandono.jpg" width="231" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: autor desconhecido</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: justify;">A gente se esquece ou a gente ignora. A gente não tolera ou falta paciência pra suportar. Tantas coisas, tantas pessoas, tantas diferenças que não sabemos encarar. Abandonamos, no meio da rua, no meio da estrada, no meio da conversa, no meio da vida. No meio do caminho, pra trás de onde conseguimos chegar. A gente não está preparado ou não queremos nos preparar. Não suportamos diferenças e por isto criamos desavenças. Olhamos para o outro e quando não nos vemos nele, viramos o rosto. Viramos também quando nos vemos, de um ângulo que não gostaríamos de ver. Ignoramos, isto é fato. Ignoramos os bons costumes, as pessoas que pensam diferente de nós. Ignoramos a presença de quem fala o que não queremos ouvir. Ignoramos o mau gosto ou o bom gosto, dependendo do nosso estado de humor. Ignoramos a fala, os versos, os cantos. Deixamos pra trás aquilo que não queremos levar em nós e levamos tantas outras coisas tão ou ainda mais pesadas que aquelas. Arrastamos mágoas por não suportar o perdão. Levamos desaforo não por não saber nos posicionar. Carregamos o peso da angústia por não conseguirmos amar aquilo que somos. E de tanta ignorância, ficamos pesados, lentos de tanta bagagem inútil, apenas por não saber olhar pro outro, perdoar, compreender e até mesmo pedir ajuda pra seguir em frente. Abandonamos o outro, mas muitas vezes também abandonamos nós mesmos. Abandonamos nossos prazeres, paixões, aquilo que realmente somos a fim de satisfazer as cobranças do outro que não aceita em nós, nossos defeitos. Abandonamos e somos abandonados, igualmente. Enquanto poderíamos andar juntos, todos e todas as diferenças, isolamos o outro sem perceber que estamos mesmo isolados sem ninguém pra nos compreender. Tão mais fácil é estender o braço que cruzá-lo. Tão mais simples abrir um sorriso que frangir a testa. Tão melhor, tão mais bonito e tão maravilhoso seria se assim conseguíssemos ser, sem complicar aquilo que já tem tudo pra ser complexo, mas ao mesmo tempo é maravilhoso: a convivência.</div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2662689016125226340.post-36390482851284006472011-11-30T11:52:00.000-08:002011-11-30T11:52:48.551-08:00CHAMO DE CORAGEM<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-YJ2zyNA7DPM/TtaHn3AhnpI/AAAAAAAAA50/l7V0a7OMVwY/s1600/maceio+143.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-YJ2zyNA7DPM/TtaHn3AhnpI/AAAAAAAAA50/l7V0a7OMVwY/s320/maceio+143.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Pollyanna Sapori</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: justify;">Pode parecer egoísmo, sei bem que parece. Mas não é nada disto que você pensa. É apenas o meu jeito de estar comigo mesmo, de captar a energia da água, da areia, do mar...da brisa e coqueiros, em silêncio. Sim, em silêncio. O som das crianças na areia, dos pais gritando, das risadas regadas a bebida, dos esportes, me afastam de mim mesma. Não que a alegria dos outros me incomode, pelo contrário, mas é que algumas vezes na vida é necessário estar consigo mesmo, isolado do mundo, da vida e da opinião dos outros pra se encontrar com quem realmente somos. Pode parecer depressão, melancolia, mas sei que não é. É apenas meu jeito de me permitir olhar por dentro de quem sou, enfrentar meus medos e monstros, confrontar quem pareço com quem realmente sou e encontrar um equilíbrio entre tudo isto. Egoísmo ou depressão, tristeza ou melancolia, todos dêem o nome que quiser. Eu prefiro chamar de coragem, esta que nos impulsiona a não temer nós mesmos, nem tanto a opinião dos outros e se alegrar consigo mesmo num ambiente assim, deserto, coberto de mar e areia. Gosto de respirar fundo a brisa que vem do mar, enquanto aprecio as folhas dos coqueiros realizando o seu balé. Gosto de andar descalça e ver apenas as minhas pegadas, marcando o caminhos que percorri e que me levam adiante. Gosto de ver as ondas que vão e vem, como a vida da gente, o tempo todo. Gosto de ouvir minha própria risada e respiração. Gosto de olhar ao redor e ver que tudo isto, assim como eu, é fruto da inspiração e amor de Deus. Sim, o mar e tudo isto foi feito pra mim. Não pra mim somente, mas estando só numa praia deserta, percebo que também, assim como os outros, sou presenteada com a vida que Deus me deu. O afastamento do som da cidade, das pessoas, me faz encontrar comigo mesma e me alegrar com quem realmente sou. Egoísmo ou depressão, pode parecer pra você. Prefiro chamar de coragem, esta satisfação que tenho em ser eu mesma, ainda que tenha muito a descobrir e a consertar em mim.</div>Pollyanna Saporihttp://www.blogger.com/profile/10650447766356603465noreply@blogger.com0