Foto: autor desconhecido |
E me apontam a direção. O rumo que devo tomar, a forma com que devo
andar ou me vestir. Apontam meu defeitos como se eles determinassem
aquilo que sou. Apontam o caminho que muitas vezes é o mais fácil mas
menos eficaz. Apontam como se tivessem certeza, como se soubessem
exatamente pra onde irão me levar. Não sabem. A vida nos aponta, a
sociedade praticamente nos empurra para o caminho que ela acha que devo
seguir. O emprego fácil, o marido rico, o preconceito com alguém fora
dos padrões impostos, a omissão dos sentimentos, a superficialidade e
as futilidades que é mais conveniente ter. Os dedos apontados na minha
direção e tantas outras que devo seguir me incomodam, mas não me
intimidam mais. Muitas e tantas vezes segui a direção que me disseram
por medo de fracassar com a diferença, com a rebeldia de não caminhar na
direção que me sugeriam. Medo de ser eu mesma, talvez. Medo de
desagradar, de fracassar. Fracasso mesmo é não seguir pra onde a gente
acredita que deve ir. É não ser aquilo que somos e queremos ser pra nós
mesmos e pro mundo e aí, resolvi fazer minhas vontades, andar conforme
minha intuição. Não, não quero mais seguir caminhos impostos e apontados
como receitas prontas para o sucesso. Quero seguir adiante, ainda que
entre erros e quedas, que nada mais me farão do que crescer e aprender.
Não, não me apontem direções vazias com pobres argumentos. Prefiro ouvir
a voz de Deus que fala aqui, bem dentro de mim e pertinho do ouvido.
Ela me move pra onde eu devo chegar e se não for aonde você queria que
eu estivesse, me desculpe. É que eu decidi que viver pra mim é muito
mais ser eu mesma e aquilo que Deus quer, do que o que você espera que
eu seja. E fim.
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