quinta-feira, 28 de abril de 2011

COISAS DA CABEÇA...

Foto: Carlos Torres

Não conseguia parar de imaginar. A imaginação era a sua melhor companhia. Acordou cheia de idéias na cabeça. Aliás, não dormiu. Passou a noite misturando sonhos e imaginações. Pensamentos soltos que tentava buscar no ar. Logo que abriu os olhos, pegou os óculos na cabeceira da cama e tentou ver a realidade. Era impossível, tamanha a quantidade de suas imaginações. A qualidade também era indiscutivelmente melhor. O que pensamos é melhor do que o que vivemos, disse ela. Queria viver o que pensava, vivenciar suas idéias. Os devaneios de uma moça em busca de se tornar mulher. Gostava de projetar futuro e situações. Não de uma maneira preocupada ou ansiosa. Não. Ela sabia-se leve. Pensava porque gostava de suas idéias e seus ideais. Sempre acreditou ser possível tornar real o seu vasto imaginário. Terreno fértil este das imaginações. Um solo que ela gostava de adubar e colhia, flores de todas as cores e cheiros. Colhia frutos maduros e suculentos. E imaginava assim, correndo, com quem corre em meio a plantação de girassóis. Alegre e feliz ao mesmo tempo. Ela pensava todas as coisas do mundo, as boas, porque não perdia tempo com pensamentos maus. Gosta do que é doce, do que não é amargo. Gosta dos segredos que guarda de um futuro cheio de sorrisos. Sorri, toda vez que pensa no que é possível ser. E de tanto imaginar, tudo aquilo que pensa é cada vez mais real. Não sei se funciona para todos esta coisa de imaginação. Mas pra ela, não só funciona como é o combustível que a torna quem é. As idéias a identificam, acolhem e revelam. Ela é o que pensa e o que escolhe ser em cada um dos seus pensamentos. Enquanto não vive, imagina e de tanto imaginar suas idéias são vividas de uma forma tão rica que só pode ser real, aquilo que ela imagina ser.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FALANDO COM DEUS

Foto: Paulo Silva

Insisto em falar com Deus. Não tenho hora e nem mesmo local. Nada marcado, nenhuma rotina. Não sigo rituais e nem horas marcadas. Nem mesmo preciso estar rodeada de pessoas. Ao contrário, prefiro estar só com Ele. Falo com Deus sem frases repetidas. As vezes repito, por não saber muito o que dizer. De um jeito ou de outro, sei que me entende. Mais que isto, sei que me ouve. Converso no silêncio das minhas palavras ou algumas vezes, em voz alta. Depende do meu humor. Depende do meu clamor e até mesmo da minha dor. Tem dor que precisa ser gritada e que alguns não entendem. Ele, eu sei, sabe me compreender. Então com Ele grito, quando preciso. Com Ele choro, quando tenho vontade. Por Ele vivo, diariamente. A liberdade que tenho com Deus é diferente da liberdade que tenho com qualquer outro ser humano. Estranho para quem não tem fé ou não a pratica desta forma. Mas incrivelmente natural pra mim que aprendi a ter intimidade com Ele. Conto minhas vitórias e as agradeço. Desabafo tristezas, curo feridas. Entrego o dia de amanhã, minhas dúvidas. Confidencio meus medos e Ele os afasta. Peço ajuda e Ele me estende as mãos. Deito no seu colo e Ele me acolhe. Alucinação, pode parecer. Qualquer coisa assim, como loucura para quem não experimentou vivenciar estas coisas tão sobrenaturais e naturais ao mesmo tempo. Mas insisto em falar com Ele, ainda que sozinha. Ainda que não saibam. Temos um compromisso de caminharmos juntos, Ele cumpre muito mais do que eu. As vezes me afasto, recuo, sento no meio do caminho. Empaco como uma mula. Faço pirraça, teimosia pura. Mas Ele me espera, o tempo que for necessário. Me olha com olhos de compreensão e me encoraja a seguir em frente. Afasta meus medos e livra-me do mal. Perdoa as minhas falhas e me ama. Me ama de uma maneira tão completa que jamais ninguém me amou. Aceita-me como sou, defeitos e qualidades. Fortalece as minhas fragilidades e renova as minhas energias. Por isto, insisto em falar com Ele. Batemos papo, contamos histórias. Ele me revela o que é capaz de fazer por mim e por tantos. Me mostra milagres e prodígios. Confidencia segredos. Somos amigos. Pai e filha. Sou menos do que Ele pretende que sou. Mas serei como Ele quiser. Insisto não só em falar com Ele, mas realizar o que Ele determina. Sou meio surda, um pouco cega. Mas com a ajuda Dele vou adiante. Superarei tudo isto e serei melhor. Foi pra isto que me criou, Ele sempre me diz. Nasci para dar certo e darei. Insisto em falar com Deus, todos os dias e sem hora marcada.  Mais que isto, Ele insiste em falar comigo o tempo inteiro.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

VOU PERSISTIR

Foto: mguidone

Eu persisto. Ainda que o caminho tenha curvas ou seja reto demais. Mesmo que o sol queime a minha pele, me deixando frágil. Ainda mais frágil do que sei que sou. Eu persisto. Persisto em acreditar nos meus sonhos. Persisto na vontade de dar certo e de fazer acontecer. Não quero uma vida cheia de iguais, murmúrios e lamentações. Não gosto, não combina comigo. Sei que vou além de tudo isto. Persisto, ainda que doa e machuque. Ainda que tenha que remexer em gavetas que finjo não existir. Ainda que eu tenha que sofrer um pouco mais, ou sofrer de fato, eu persisto. Sei que é necessário não desistir, ainda que me pareça difícil ou impossível seguir em frente. Eu persisto. Mesmo que os outros achem que eu não saia do lugar. Ainda que as pessoas não entendam minha luta, minha batalha aqui dentro de mim. Entre o bem e o mal. Entre ser e não ser. Entre eu e Deus. Entre eu e o diabo. Entre eu e eu mesma. A coragem e o medo. Estes antônimos que vivem em mim. Ainda que tudo isto pareça estranho, ainda que pareça batalha já vencida, não me canso. Insisto. Eu persisto na vitória que sei que sou capaz de ter. Ainda que pareça permanecer na mesma tecla. Ainda que ninguém entenda ou eu mesma duvide vez ou outra, eu persisto. Sempre volto a acreditar nos sonhos que trago desde a infância. Acreditar em mim mesma. Acreditar na beleza que é ser aquilo que sou, acreditar no que acredito e ter o coração que sou capaz de ter. Parece perigoso o caminho que sigo. Parece impossível. Parece desnecessário para tantos que se acomodaram a ser como são. Eu quero mais. Eu persisto em ser melhor. Não estou aqui por acaso, muito menos nasci aleatoriamente. Não acredito nestas coincidências. Sei para o que vim. Sei para onde devo ir. Temo, receio, mas não duvido que sou capaz. É apenas difícil, um pouco complicado. As vezes doloroso o caminho que tenho que traçar. Faço pausas, descanso. Paro. Respiro. Retomo o fôlego e sigo em frente. Não sigo sozinha, embora tantas vezes pareça só. Sei que tenho companhia. Algumas com nome outras nem tanto. Mas estão aqui, ao lado e dentro de mim. Persisto com todos, entre tantos. Persisto comigo mesma, limites e virtudes. Fragilidades e fortalezas. Insisto em acreditar em mim e por isto, não vou desistir.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUERO VOAR NUM DENTE DE LEÃO

Foto: autor desconhecido

Quero pegar carona num dente de leão. Sair por aí, voando na suavidade que o vento leva. Leve. Flutuar pelo mesmo ar que respiro, como se fosse uma bailarina em pleno palco do teatro municipal. Sentir a leveza do vento batendo no rosto e ao mesmo tempo me guiando para achar melhor. Confio no vento, ele nunca me decepciona. Gosto de senti-lo no rosto, dele alisando meus cabelos. Gosto disto. Quero pegar carona num dente de leão, sobrado por uma criança ou por um adulto ainda cheio de esperanças. Num fôlego de vida tamanho, quero viajar. Voar, voar, pousar quem sabe num campo verde ou a beira de uma cachoeira. Pairar sobre folhas das árvores de outono caídas ao chão. Repousar. Quero pegar carona num dente de leão. Espalhar por aí a alegria que sinto em viver. Olhar a vida do alto, sobre um outro ângulo. Respirar fundo e ser leve, com só a leveza é capaz de nos tornar. Quero sentir esta liberdade, de estar sob a orientação do vento seguindo sem rumo mas ao mesmo tempo completamente tranquila. Quero pegar carona num dente de leão e que ele me leve para lugares que ainda não visitei. Que me traga sonhos que pensei impossíveis e que eu possa experimentar um jeito novo de viver e olhar a vida. Há vontades em mim que só um dente de leão e sua suavidade poderiam realizar. Por isto, quero pegar carona num dente de leão. Se vir algum por aí, pegue-o com carinho. Sopre-o com vontade e a coragem que só tem aqueles que têm esperança. Admire o flutuar de cada um, o espalhar das alegrias e ainda que em seu pensamento, me coloque nele, se coloque nele, e vamos juntos para onde ele nos levar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NADA PODE APAGAR

Foto: autor desconhecido


Querem me apagar. Não sei se têm consciência disto ou sabem o que estão fazendo. Mas querem me apagar. Ofuscar o brilho, apagar a vida. Fotofobia, não sei. Talvez seja. Mas querem me apagar. O breu ao redor é grande e quem sabe por isto a minha luz incomoda. Tentam me apagar. Os sonhos, as esperanças, a alegria, a auto-estima. Insistem em me diminuir, roubar meus desejos e me tirar de quem realmente sou. Tentam me apagar. Me tiram do eixo ou eu mesma quem me permito tirar. Sei que muitas vezes eu mesma me apago. Me sinto estranha brilhando no meio do nada. Não quero ser mais que os outros, quero ser igual. Por isto, às vezes, não me acho merecedora do brilho que tenho. E me ofusco. E me apago. Quero me posicionar. Erguer a cabeça e o brilho. Enfrentar o escuro das coisas, das pessoas, dos pessimismos. Iluminar os medos, as angústias, as apreensões. Colocar luz onde não existe. Desvendar segredos, superar limites. Quero me posicionar. Sair deste lugar comum e tão cômodo para todos, onde saio de mim mesma e vou ao encontro do outro e do que lhe agrada. Me desagrado em causa dos outros, sou covarde. Vou deixar de me culpar. Assumir os erros, as falhas. Aceitar meus limites e fraquezas. Todos os têm. Perdoar a luz ou a escuridão que há em mim e independente do que houver ao meu redor, seguir adiante como tiver que ser. Se luz, que eu possa iluminar a todos ainda que no início esta luz os incomode e os tire da zona de conforto. Ainda que desagrade. Ainda que não me aceitem ou tentam me derrubar. Se escuridão, ter força necessária para voltar a brilhar, aceitar o escuro que traz a reflexão e valoriza a energia luminosa que está sempre pronta a voltar. Tentem me apagar, mas eu já não tento mais. A partir de hoje me levanto como lâmpada acesa e sigo em frente. Ilumino meus passos e caminhadas. Não permito mais que invadam e coloquem a mão no interruptor da minha vida. Nem eu mesma o farei. Entre escuros e claros, breus e sóis, sigo adiante como tem que ser, como sou de verdade. É assim que deve ser comigo, é assim que deve ser com você. Sê luz ou sombra, não sei. Mas jamais deixar de ser lâmpada pronta pra estar acesa, ainda que tudo e todos pareçam apagados ou insistam em apagar.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

DAS COISAS QUE NÃO GOSTO

Foto: autor desconhecido

Não gosto de fofocas. Não gosto de futricas. Não gosto de estereótipos. Não gosto de maledicências. Não gosto de ironias. Não gosto de materialismo. Não gosto de ambições excessivas. Não gosto de agitação. Não gosto de tristeza. Não gosto de angústia. Não gosto de depressão. Não gosto de medo. Não gosto de inimizades. Não gosto da raiva. Não gosto de rancores. Não gosto de mágoas. Não gosto de vingança. Não gosto de traições. Não gosto de guerra. Não gosto de tribulações. Não gosto da doença. Não gosto da desesperança. Não gosto do desespero. Não gosto. Não gosto dos excessos e de todas as coisas que nos colocam pra baixo, que nos impede de ir pra cima. Não gosto da negatividade. Não gosto da indiferença. Não gosto da desconfiança. Não gosto. Não gosto de culpa. Não gosto da falta de perdão. Não gosto do ódio. Não, não gosto. Gosto é de tudo o que é contrário a todas estas coisas. Quero o lado avesso da vida. Quero é estar do outro lado, do lado do bem e daqueles que fazem o bem. Quero a exceção e não a regra. Disto eu gosto, ainda que desgostem os outros.

terça-feira, 5 de abril de 2011

HUMANOS DE MENOS

Foto: autor desconhecido

Não sei que tipo de humanos somos. Se é que somos. Estes humanos que passam  pelas ruas como se estivessem atrasados para um compromisso que nem sabem qual é. Um compromisso que impede de enxergar o outro, de observar as diferenças. Humanos que não toleram as diferenças e são indiferentes a tantos humanos como eles mesmos. Indiferentes com a miséria, indiferentes com a doença e a dor dos outros. Não conseguem olhar nos olhos daqueles que nas ruas, clamam por um afeto ou atenção. Humanos, preocupados demais com si mesmos a ponto de se esquecerem que não são únicos, são outros. Os humanos que somos têm pouco de humanos. Não todos, porque as exceções fazem toda a diferença neste mundo. Os humanos que somos não têm sido suficientemente humanos para sê-lo. Passam pelos moradores de rua como se fossem objetos, lixos jogados ao chão. Não estendem as mãos, nem mesmo os olhos. Desviam o caminho, viram para o outro lado. Ignoram a dor humana como se não tivessem as próprias e não clamassem por atenção. Estes humanos que faltam o amor ao próximo, na sua essência mais bonita. Amam os filhos, os pais, talvez os avós ou primos. Mas não sabem amar o outro, sem sobrenome, de outro sangue que não seja o seu. Fazem distinção de pessoas, pretos ou brancos, pobres ou ricos, velhos ou novos, homos ou heteros. Definem as pessoas pelas roupas que usam, religiões que professam. Humanos de menos. Esta humanidade que falta na humanidade me incomoda. A minha própria falta de humanidade me afeta. Não sei não tê-la pensando que isto é o mais correto a se fazer. Somos humanos e deviámos buscar um toque de divindade para que pudessemos ser ainda mais humanos, na sua totalidade. Perceber o outro, não apenas ver. Aceitar as diferenças, não apenas tolerar. Olhar nos olhos, sem desviar a atenção. Estender a mão, sem desviar o passo. Abrir os braços, acolher a dor, chorar junto se preciso for. Humanidade que nos falta, a nós, seres humanos. Humanidade que está aí, que está aqui na sua essência, porque nascemos para tê-la e a temos. Humanidade que deve ser despertada, antes que sua ausência nos seja um pesadelo. A falta de humanidade nos impede de sermos aquilo que nascemos para ser. Não chegaremos a lugar algum que desejamos se não houver em nós a humanidade necessária que nos motiva, nos auxilia e nos fortalece, para alcançarmos nossos sonhos. Sejamos humanos e então seremos um pouco também divinos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FÉ DEVE SER ISTO

Foto: autor desconhecido


Não sei medir a fé que os outros têm, tampouco sei medir a minha própria fé. Quando a comparo com o que imagino de muitas pessoas, a vejo grande demais. Outras vezes, comparado a outros, praticamente inexistente. Se penso na grandiosidade de Deus, nas obras que ele fez, em tudo o que tem feito todos os dias por cada um de nós, me sinto insignificante, sabendo que ainda em toda insignificância, significo muito pra Ele. Fé é uma coisa esquisita. Aqueles que não a experimentaram ou não a conhecem, têm motivos para achá-la estranha. Olhando assim, parece impossível acreditar em algo que não se vê, nunca se viu. Acreditar que as sensações que temos, as boas e extraordinárias, vêm do amor de Deus. Experimentar o amor de Deus sem nunca tê-lo encontrado frente a frente. Rezar por Jesus que já se foi. Chorar diante de um trono, um altar em que nada de palpável se vê ali. Fé é loucura, mas das mais gostosas para quem experimenta. Não que ela tire de você a dor, o sofrimento. Não que ela arranque seus medos e te dê uma coragem extraordinária para enfrentar a vida. A fé não faz de nós super homens ou mulheres. Não nos torna divinos. Mas nos encoraja a buscá-la cada vez mais. Porque experimentar a fé, pelo pouco que experimentamos, dá uma sensação tão gostosa de segurança, paz, de afeto e aconchego, que nunca mais queremos deixar de experimentar. Pelo contrário, queremos mais e mais. Não consigo explicar que sentimento é este que me rouba os pensamentos e me arranca lágrima quando experimento a minha fé. E digo, ela não é grande o suficiente para que você se espante. Mas é delicioso poder sentir um abraço de um pai, ainda que você esteja sozinho. É maravilhoso ouvir a voz de Deus, sem ser esquizofrênico ou maluco ou vidente. Fé é isto. Uma loucura para o mundo de hoje e um espetáculo para quem a vive. Não sei o que é viver sem ela. Não sei quando ela entrou em mim. Penso se em coroações ou escolas dominicais. Se quando eu realmente me abri ou quando entrei para grupos de orações. Não me recordo se foi a música ou as pregações que mais me marcaram. Não sei dizer. Talvez, tenhamos todos nascido com ela e a despertamos em algum momento da vida. Não sei dizer. Mas penso que a vida não faria o menor sentido se eu não a tivesse comigo. Esta fé que trago não tem nome e nem denominação. Não se prende a terços, novenas, sessões do descarrego ou sei lá mais o que. Experimento a fé convivendo com pessoas que a trazem dentro de si. Numa gentileza no trânsito, no sorriso de um gari. Na correria das crianças na praça. Na beleza dos animais. Na gratidão dos mais humildes. Na simplicidade de alguns ricos financeiramente. No amor que é capaz de perdoar o assassinato das duas filhas. Na superação das perdas. Na esperança. Num dia de céu azul ou de chuva fina que nos arranca o calor. Esta fé que quando fechamos os olhos, sentimentos através da nossa respiração. Fé é simples, não tem mistério embora seja repleta de misteriosidades. Ela existe pra quem quiser experimentar. Talvez tenha que ser um pouco criança pra acreditar na imaginação. Há de abrir mão da racionalidade plena.Há de se entregar na vontade de viver uma experiência nova, de descansar da vida. Isto é fé ou não sei dizer. Mas vivê-la traz sentido à vida e faz com que cada momento, valha realmente a pena.