Não gosto de ordens e nem desordens. Prefiro que me deixem à vontade pra fazer aquilo que eu quiser. Melhor, prefiro ser quem sou sem a interferência de ninguém. Não sou mais criança pra ser moldada por opiniões de adultos. Tenho as minhas próprias e são muitas, teimosas. Não gosto de palpites e nem fofocas ao meu respeito. Em vão, acreditam que eu sou aquilo que imaginam que eu seja, poucos conhecem a verdade. Ninguém pára pra conhecer alguém tal qual é. Insistem em criar rótulos, expectativas que fantasiam a realidade dos outros, como se já não bastasse a fantasia que criam pra si mesmos. Sim, sou teimosa e as vezes pareço arrogante com esta atitude de me deixem quieta. Mas é um sentimento de preservação da espécie de mim mesmo, como se disto dependesse a minha sobrevivência, espero que entendam. Eu mesma já me coloco regras demais que não consigo seguir. Não quero incluir as dos outros e tento me livrar daquelas que já enfiaram na minha goela abaixo. Ando sufocada com com tudo isto. Me liberto, quando olho pra mim mesma assim do alto, ou à beira de um rio qualquer. Daí me vejo como sou, limites e virtudes que se misturam e criam esta unicidade que há em mim. Apesar de tudo, gosto do que vejo e sei que vale a pena acreditar nisto. Fora de mim, ouço apenas uma voz que me fala macio e me guia pelo caminho. Nunca me fez falhar, senão quando preferi ouvir a mim mesma. Pra esta, abro mão da teimosia de insistir nas minhas verdades. Os outros, tento não ouvir e não me abalar. Embora, não seja fácil impedir que os outros atropelem nosso caminho. Mas daqui do alto, vejo o quanto andei e quanto ainda tenho que caminhar. Sigo em frente, na certeza de que não estarei sozinha, mas serei eu mesma o tempo inteiro com quem tiver que estar.
Há 7 anos
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