Autor: desconhecido
Protelo por medo de errar. Me critico antes mesmo dos outros o fazerem. Me prendo no que é certo ou errado. Os meio termos não me atraem. Exijo atenção e aprovação. De mim mesmo e dos outros, importante dizer. Busco o amor de uma maneira subrenatural. Me empenho em satisfazer as vontades dos outros. Não me lembro de quando realizei as minhas vontades. O que eu desejo está escondido, não me lembro bem qual é. Seduzir é uma forma de buscar atenção. Quero respeito mais que admiração. Não me avaliem e nem me julguem, não gosto. Acredito que fazer a coisa certa é ainda melhor que fazer o que desejo. E perco tempo realizando coisas que não gostaria de realizar. Quanto mais perto do prazer eu chego, mais a ansiedade me consome. É como se ter prazer do que sou e faço me fosse proibido. Se penso não ter a aprovação dos outros, me agito. Prefiro fazer o que é considerado socialmente correto e aceitável do que o que eu realmente quero fazer. Perco mais tempo com os outros que comigo mesmo. Disperdiço energias agradando e sendo o que as pessoas querem que eu seja e me perco de mim mesmo, daquilo que sou e pretendo ser. Quero ser amado ainda que imperfeito. Gosto de organização e de prever aquilo que poderá acontecer.O inusitado me confunde e me amedronta. Tenho uma enorme necessidade de fazer o bem. Gosto dos que tem força de vontade, dos que buscam ser pessoas melhores, assim como eu. Deixo meus desejos esquecidos e fico com a necessidade de agir corretamente, isto me causa ciúme, ansiedade e falta de adaptação a tudo ao meu redor. Busco a minha liberdade, gosto da independência. Quero minha privacidade respeitada. Não gosto de invasões. Quero ser eu mesmo, ainda que isto me seja complicado e tão difícil ao mesmo tempo. E sou este misto de sentimentos e desejos. Reprimidos, oprimidos e canalizados de forma errada. Desculpem o transtorno, desculpo a mim mesmo. Causo conflito e caos, enquanto sigo e meio aos escombros e novas construções de quem eu sou. Cometo falhas que não gostaria. Me irrito comigo mesmo. Mas continuo em frente a busca de ser quem sou. Sei que quando me descobrir de verdade, me apresentarei de branco e em paz. E sei que, ainda que assustados com a surpresa de quem sou, conseguirão admirar a minha coragem e respeitar a pessoa que existe dentro de mim.
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