Foto: autor desconhecido
Ninguém é um pacotinho de presente para trazer a alegria para a vida do outro. Fazer o outro feliz não é causa da minha existência, nem da sua e nem de nenhuma outra pessoa. Tenho certeza que não. Deus, quando pensou em me trazer ao mundo, não pensou só na alegria da minha mãe, do meu pai, irmãos e de quem fosse passar pelo meu caminho e eu pelo dele. Antes, pensou em me realizar como pessoa e me dar possibilidades de realizar aquilo que Ele planejou para a minha vida. E os planos que fez, são meus, para mim, não pra mais ninguém. É que muitas vezes na vida nos esquecemos disto e vivemos acreditando que temos que abrir mão do que somos, dos nossos sonhos e felicidade para realizar a felicidade do outro. Nos sentimos responsáveis em fazê-los crescer e amadurecer. Queremos poupar aqueles que amamos do sofrimento em relação à vida, acreditamos sermos capazes de fazê-los enfrentar os problemas quando, na realidade, cada um é o único capaz e responsável por passar e enfrentar aquilo que lhe é necessário. Bem ou mal, todos nós somos capazes de passar por todos os obstáculos que vieram à nossa frente. Não digo que tenhamos que ser egoístas ou que estamos fadados a caminhar só. Mas a companhia do outro, a compreensão e auxílio, não podem vir como obrigação ou responsabilidade, mas pelo simples fato de ambos quererem crescer e amadurecer juntos diante das dificuldades e da superação que for exigida ter. Isto é maturidade, saber qual é o nosso papel e qual é o papel do outro que está ao nosso lado e vigiar para que não misturemos os personagens e façamos uma bagunça na cena da vida. Descobri que felicidade, esta que todo mundo procura, começa quando nos permitimos ser quem somos. Mais que isto, a felicidade acontece quando aprendemos a ser o que somos e fazemos isto sem preconceitos, vergonhas ou timidez. A ousadia de ser quem é, de cavar os próprios caminhos e de realizar aquilo que a vida lhe propôs é o que abre as portas para que a felicidade entre e venha acontecer dentro da gente. Não dá pra ser feliz sendo o coadjuvante, ajudando o protagonista da história a exercer o seu papel. É preciso acontecer com ele. Nós mesmos somos os responsáveis pela nossa felicidade, mais ninguém. O mesmo para as infelicidades que não são os outros que nos causam, por mais que nos magoem ou nos marquem negativamente na vida. Não. A felicidade ou a tristeza, e todas as outras coisas são frutos das escolhas que nós mesmos fazemos ao longo da vida. Por isto, esteja atento aquilo que escolhe ser ou fazer hoje. As escolhas definem os caminhos e sentimentos que irão brotar ou morrer dentro de você. Não permita ser invadido pelo outro e nem se permita esvair de si mesmo para entrar na vida do outro. Centralize em você mesmo suas energias e pensamentos e quando sua vida esbarrar na de alguém que precisa de ajuda, ajude se aquilo lhe fizer amadurecer ainda mais. Faça até onde lhe são permitidos os limites e não os ultrapasse. Acima de tudo, não abra mão de ser você mesmo em tudo e de ser feliz o máximo que puder. Foi para isto que você foi feito, é para isto que o mundo lhe dá centenas de possibilidades. Escolha as melhores, enfrenta as piores se necessário for, mas permita-se a felicidade que tem pouco tempo pra acontecer, mas é a única razão pela qual vale a pena viver.
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