Autor: Rodrigo Bela Vista
As vezes o medo me assusta. O medo das pessoas diante da vida. O meu próprio medo. O medo que as pessoas têm de avião, quando trafegar pelas ruas tem sido muito mais arriscado. O medo das baratas e outros insetos enquanto tantas pessoas têm tido venenos ainda mais mortais. O medo dos túneis, como se a vida embora livre, não passasse lá por alguns apertos. O medo da violência, como se tívessemos com um revólver apontado para nossas cabeças o tempo inteiro e nem sempre estamos. O medo de mudar de idéia ou o medo da opinião dos outros, enquanto quem realmente importa é a gente e o que a gente acredita ser bom e verdadeiro. O medo da chuva, como se o calor também não causasse lá os seus estragos. O medo dos pesadelos ou até mesmo o medo dos sonhos difíceis de realizar. As vezes o medo me assusta. O medo que paralisa nos impedindo de seguir adiante. O medo de dar errado que nos impede de pelo menos tentar o certo. O medo de doenças que nos impede de desfrutar da saúde que temos hoje. O medo de não dar conta, fazendo contas de tudo o que poderíamos fazer e não fazemos por medo de tentar. O medo do fracasso como se alguém tivesse prometido pra gente que só teríamos sucesso. O medo do sucesso, de tantos fracassos que já nos acostumamos a enfrentar. O medo da morte, como se realmente valesse a pena passar a vida inteira neste mundo tão caótico ao invés de desfrutar a promessa de vida eterna com Deus. O medo do próprio Deus, como se este fosse carrasco e não fosse exatamente o que é, amor. O medo de amar, fruto de tanto desamor enfrentado desde a infância. O medo da solidão, do desamparo. O medo. As vezes, quase sempre, o medo me assusta. O medo dos outros e o medo que tenho dos outros. O medo de mim mesma e dos maus pensamentos que as vezes rodeiam. Medos infundáveis. Medos necessários. Todo tipo de medo, com seus positivos e negativos, altos e baixos. Todo medo que aprisiona me assusta. Me assusto sempre com os medos. Não vivemos sem eles, mas com eles a vida fica bem mais difícil. As vezes o medo me assusta e os corajosos também. Mas estes últimos eu admiro, com uma pitada de coragem que me falta, eu acredito que seria bem mais fácil viver.
Incrível o que é sintonia, né?
ResponderExcluirEu tô sempre de olho que vc escreve, Polly, mesmo a gente vivendo nessa correria. Daí eu acordei com vontade de escrever sobre como o medo é inimigo da gente, como bloqueia o crescimento e em como na verdade ele é uma barreira que a gente tem que vencer pra evoluir e daí dei de cara com esse seu post. :)
Adorei, Dona Polly, não importa o qto passe o tempo, nossa sintonia continua a mesma.
Bjo grande!
Confesso... as vezes não acredito no que juro ser certo. Ainda assim defendo meu falso, dúbio ou meticuloso ponto de vista só pra provocar e testar meu poder de convencimento, pra medir minha capacidade de sedução e pra me saciar de satisfação por ter conseguido me impor. Este comportamento é feio, pequeno, insano e beira a mediocridade?
ResponderExcluirDuvido... que você ou qualquer outro nunca tenha se saciado com uma inverdade contada, daquelas que as vezes parece ser tão bem conduzida que passa a ser real! Me sinto bem quando dá certo e quando me estrepo, geralmente tento melhor minhas “manhas”. Ainda assim...
Acredito... que devo ser julgado, medido, apontado por muitos, no entanto, não asseitarei nunca qualquer condenação. Porquê? Por que ajo como um ser humano normal, que se excita ao ser desejado, se embaraça ao ser pressionado e por isso mente, mente muito, que se “empanzina” de coisas chatas, de frases feitas, de verdades incontestadas, de conselhos e pessoas hipócritas. Meu único diferencial é assumir que sou normal e deixar minha natureza clara e transparente (mesmo quando nebuloso... dá pra entender?) falar bem alto.
Apaixono... nunca amo, mas apaixono logo de cara … por pessoas certas ou erradas, mas somente por aquelas que me “sacam” na primeira frase, são sagazes e intensas, sarcásticas e bem humoradas, espirituosas, inteligentes, autenticas, enfim aquele padrão que assusta os que considero fracos (mas isso tem conserto).
Dedico... a maior parte do tempo aos meus desejos, anseios e sonhos, ainda que todos sejam inalcançáveis. Me desculpa se isso agride os românticos mas gosto muito do meu reflexo, aliás, por este sim, eu nutro uma paixão tão grande que quando é preciso até finjo que amo.
Sou real... vivo num lugar normal, tenho uma vida quase saudável (não fosse pelos vícios tolos como cigarro, coca-cola, café, janela de casa e passeio de rua), como arroz e feijão todos os dias, falo dos outros no trabalho, aponto na rua os que não me curtem, os que acho que não me curtem e os que realmente me odeiam, já coloquei o pé para o colega cair, já cai com ou sem ajuda de alguém, já matei formiga, já joguei com o sentimento dos outros, já olhei pra traz pra ver se seduzia e já fui seduzido assim, enfim... sou daqueles que leva a vida e vive da forma que me é permito, mas acreditando todos os dias, logo pela manhã, que hoje vou me completar. Eu chego lá..........
Para a incrível dona dos post's:
Admiro muito as coisas interessantes que você posta... as vezes passo por aqui e, acredite, leio seus post's numa expectativa e empolgação, achando que foram escolhidos pra conduzir minha semana.
Por liberdade (mesmo acreditando que intimidade é uma mer*&#@), me descrevi um pouco com o intuito de apresentar-me a você. Leio seus post's com certa frequência e sempre que puder (quando for permitido, aceito ….) postarei meus comentários por aqui!
Saudações calorosas e fortes abraços à inteligente e sagaz cabeça do cremmdeuspai.blogspot.com.
Gally