Foto: Daniel Coutinho
O silêncio é uma oração. Oração que não precisa de gritos para ser eficaz. Não precisa de plateias, de público ou testemunhas. Oração do tapete do quarto com portas fechadas. Assim é o silêncio. O silêncio é uma prece oferecida com sinceridade, cheia de verdade. O silêncio não é o conssentimento das coisas que se veem, mas a humildade de não ter nada o que provar. O silêncio é uma virtude, isto sim. Calar-se é muitas vezes as palavras mais doces que você pode dizer. Quando não se sabe o que dizer, silencia a sua voz para não equivocar nas palavras. O silêncio não fere, cuida. O silêncio é prestativo e bondoso. O silêncio é mesmo a melhor oração que você pode oferecer a Deus e fazer por si mesmo. Entra no teu quarto e silencia. Entra no seu coração, na sua própria voz. É no silêncio que podemos ouvir a nós mesmos e saber aquilo que queremos. No silêncio, sabemos realmente quem somos, nos reconhecemos. O silêncio aquieta o espírito, sossega a alma. O silêncio é benigno e verdadeiro. Mas não é uma atitude isolada, mas uma prática diária. Silencia todos os dias, não o tempo todo para que ele não isole demais. Mas silencia seu coração sempre, por alguns minutos que seja. De olhos fechados ou abertos, não importa. Mas sempre com o olhar voltado para dentro de si mesmo, por uns instantes. O silêncio tem segredos para revelar. É surpreendente. É no silêncio que ouvimos a voz de Deus. Só nos silêncio encontramos nossas respostas.
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