Foto: J. Pedro Martins
Minha vontade de correr para o mar é maior que a minha lucidez. Me enlouquece, rouba o meu sono. Não que eu não durma, mas passo a sonhar, dormindo ou acordada. Penso no barulho das ondas quebrando na praia, na brisa beijando o meu rosto. O balançar dos meus cabelos em dias de vento, me remetem aos coqueiros que dançam sobre o vento do mar. Gosto da areia branquinha tocando meus pés. De ver o sol, surgir ou se pôr no horizonte. A vida no mar é diferente da vida urbana, normal e cotidiana. Ela não leva os problemas como oferenda ao mar, mas alivia as tribulações e dão um balanço novo ao nosso cotidiano as vezes tão igual e cansativo. Minha vontade de correr para o mar e me jogar nas águas azuis do oceano é maior do que eu. Eu que sou tão pequena e as vezes com tão pouco gingado na cintura. O mar não, ele dança dia e noite celebrando a vida e a alegria de fazer parte de uma natureza sem igual. Gosto destas coisas naturais. De água de côco, de areia no pé, andar descalço. Gosto de short curto e biquini no corpo. Um sol na pele, protegida por um protetor sessenta. Gosto tanto do mar que volto sem me preocupar com as manchas do rosto queimado de sol. Volto sem preocupar com o cabelo que ficou laranja ou loiro, seco e sem vida. Mas eu, volto tão cheia de vontade de viver que nem ligo para tudo o que se perdeu no caminho. Estou pronta pra recuperar a cada vez que volto do mar. Sou menina da praia, nascida no campo e gosto de me jogar no mar.
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