Foto: autor desconhecido |
O território da nossa vida não é abandonado, pelo menos não deveria ser. Como um lote vago é assumido por algo, ainda que entulho e lixo, a nossa vida também é assumida de alguma forma. Se nos abandonarmos, outros virão depositar lixos, jogar entulhos. Os matos ocuparão os espaços vazios causando o medo, esconderijo de ratos e tantas coisas que nos fazem mal. Mal cheiro, escombros, escuro que nos impedem de enxergar a amplitude do terreno, a beleza da obra que ali pode ser feita. Os lotes vagos e abandonados, nos impede de enxergar o valor que têm. Por isto, quando se pretende vender um terreno ele é antes limpo e cuidado, para então ser devidamente valorizado pelo possível comprador. Com o território da nossa vida não deve ser diferente. Se não nos cuidamos, amamos e preenchemos este território com a construção daquilo que somos, alguém irá fazê-lo por nós e a construção ou desconstrução do outro pode nos magoar. Obras inacabadas, ruínas. Ladrões que vêem roubar o nosso espaço. Assuma o terreno que é você. Conquiste o território de si mesmo. Olhe pra si mesmo com olhos de amor. Há muito lixo? Coloque as luvas e comece você mesmo a limpar tudo o que é sujo, tudo o que é lixo e descartável. Se contaminado, jogue o veneno do amor próprio e purifique o espaço que você é. O auto conhecimento é uma maneira de colocar a escritura da sua vida no seu nome. Faça isto. Não tenha medo de olhar pro território da sua vida e assumir as suas imperfeições, os seus limites. Não tema iniciar a obra que você não sabe quando conseguirá terminar, mas começar pode ser agora. Não tenha medo de olhar pro seu território com olhos de verdade, descobri nele as rachaduras no muro ou as cercas destruídas pelo saqueadores. Comece a limpeza de si mesmo, inicie a posse do seu território. Assine a escritura, coloque no seu nome, arrume as barreiras do amor próprio que coloca limites ao outro para que não venha roubar de você aquilo que você é e tem de melhor.
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