Dizem por aí que o amor não envelhece. Passei muito tempo da minha vida sem entender como isto podia acontecer. Cheguei a acreditar que amores não envelheciam por morrerem antes da idade chegar. Outras vezes, achava que ele se transformava, ao longo do tempo, em uma amizade eterna e duradoura, mas aí não era amor, era a amizade que durava no tempo. Cheguei a pensar as mais diversas coisas, fruto da minha observação dos amores mais idosos. Não consegui respostas. Daí, chegou a hora de ir atrás do meu amor, mas nenhum me trouxe respostas diferentes das suposições que moravam na minha cabeça. Até que um dia, amei. E os dias foram passando e este amor não passava. Se instalou na minha vida de uma maneira diferente dos amores que eu via ou imaginava ter vivido antes. Se é que vivi. A cada dia, este mesmo amor, com mesmo nome e sobrenome, valente, permanecia dentro de mim. Andava comigo para onde quer que eu fosse. Sozinha, distante, longe, perto. Ele sempre estava aqui comigo. Mas nunca era o mesmo. Todos os dias, numa capacidade impressionante, ele se transformava. Renovava suas forças e energias e era um amor novo. Um olhar de quem vê pela primeira vez. Um amor feito como a primeira vez. O coração batendo como aquele dia, do primeiro beijo. Os mesmos arrepios que não passaram com o tempo. Mais que isto, se espalhavam pelo meu corpo como um amor que não pudesse caber mais em mim. Transborda, renova, vive. O amor não envelhece, agora eu sei. Não porque morre antes de ser velho, mas porque não se permite velho por ser amor. O amor é feito adolescente, puro como criança e determinado como um adulto que sabe onde quer chegar. Quando pequena, mesmo que não imaginava que isto fosse assim tão possível, era esta a minha tradução do amor. E foi este amor que traduziu em mim o que ele realmente é.
Há 7 anos
Amor que é amor não apenas não envelhece como não morre. Só quem já sentiu é que sabe disso. Seja bom ou ruim, essa é a vera.
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