quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nas mãos de Deus

Foto: J. Pedro Martins
Este controle que a gente acha que tem nas mãos é uma grande bobagem. Não adianta pra nada, não funciona os botões. Como controladores, somos um tremendo fracasso, temos que admitir. Perdemos a hora, apressamos o passo. Precipitamos as coisas. Pisamos na jaca e as vezes até atolamos nela. Esta mania que temos de controlar tudo é o que nos deixa completamente fora de controle. Ansiedade, depressão, frustração, tristeza, baixa auto-estima. Resultados que alcançamos com esta mania de autosuficiência que não é suficiente nem pra nos deixar mais contentes com a gente mesmo. Somos apenas peça de um jogo de tabuleiro, embora tentamos insistentemente adquirir vida própria. Somos manipulados, vezes pela sociedade, vezes pelos pais ou amigos. Temos sim, poder de decisão, autonomia, mas não temos o poder de controlar as consequências, de impedir os imprevistos. A estes, o controle está acima de nós. É Deus quem controla tudo do lado de cima. Ele quem prevê os resultados daquilo que fazemos. Ele quem sabe das nossas escolhas. Ele quem ri das nossas ansiedades, tantas vezes tão infundadas. Somos peças únicas num jogo de tabuleiro da mesa de Deus. Como únicos, temos nossas particularidades e que são tão respeitadas pelo jogador. Temos as nossas caracteristicas de importância, nossos padrões de comportamento, nosso pequeno e importante poder de escolha. Mas melhor mesmo é não viver em função das preocupações do resultado do jogo, porque como peças, apenas somos parte de um processo. Bom mesmo, é criar os nossos sonhos, fazer o que nos é possível e ser o melhor que pudermos ser. No mais, é deixar o grande jogador da nossa vida colocar as mãos sobre nós e nos guiar para a vitória que ele pretende ter com a vida que somos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário