Este gosto que eu nem sei dizer o nome. Este sabor gostoso que vem do aroma, da brisa, do voar dos meus cabelos. O brilho que tem durante as tardes. O frio que traz durante a noite, para aliviar o calor que o sol traz pela manhã. Gostoso como casa de vó, como o abraço da mamãe. Lembranças que são trazidas de volta, como se um álbum fosse desfolhado aos poucos, espalhando beleza e encanto para todos os cantos da nossa vida. Gosto de sentir seu gosto, quando bate em meu rosto na janela aberta do carro, no abrir da janela quando me desperto logo cedo. Gosto do seu beijo em minha face, cada vez que te vejo me tocar. Caminho ao sabor do vento, que me acolhe, que me leva pra onde eu quero chegar. Sinto que ele vem comigo, numa festa e alegria que poucos conseguem trazer. O vento e seu gosto me acompanham nas maiores furadas, me fazendo rir de mim mesma e ao mesmo tempo acreditar que tudo pode ser mais leve, como a leveza que ele traz ao passar por mim. Gosto de cabelo ao vento, de fechar os olhos, de abrir os braços. O sabor do vento é o alimento que me dá energia. Sinto-o de frente, que é pra estar com ele face a face e tentar captar as coisas que ele vem me dizer. O vento me visita sempre que pode. Gosto de estar preparada para recebê-lo, estar em repouso e ficar um tempo com ele. As vezes ele se vai muito depressa e é preciso aproveitá-lo, antes que o sabor acabe e me deixe na saudade.
Há 7 anos
"As vezes ele se vai muito depressa e é preciso aproveitá-lo, antes que o sabor acabe e me deixe na saudade."
ResponderExcluirDeu mais calafrio que o vento das tardes de inverno essa última frase.