Foto: autor desconhecido
A efemeridade das coisas que são passageiras. A dor que passa e não fica pra sempre. A lágrima que seca. A fome que passa depois de um prato de comida ou porque cansa de doer naqueles que passam fome. A efemeridade do tempo, das coisas deste mundo. Todas as coisas que se vão, até mesmo as pessoas que estão de passagem pela nossa vida. Nada é permanente. Nada. Não que isto seja ruim, porque não acredito que seja de fato. A passagem da vida é necessário para o nosso amadurecimento. Se a vida não passasse, passaríamos por ela simplesmente. Melhor não. Sabendo que terá fim, aproveitamos o máximo o tempo que ainda nos resta e o agora que é eterno. A felicidade está justamente em saber vivê-la. Muitos a têm e a deixam passar, sem fitar os olhos sobre ela e admirar a alegria de ser realmente feliz. Quantos perdem a felicidade por não segurá-la com vontade ou vibrar com a possibilidade de tê-la em suas mãos. Felicidade gosta de festa, não permanece nos que são tristes e apagados. Felicidade fica naqueles que sabem vivê-la bem. Não passa facilmente por aqueles que são contagiados por ela. Ela permanece no sorriso, no tom da voz, no abraço caloroso e na forma de encarar a vida. A efemeridade é muito mais permanente nas coisas fúteis ou àquelas que atribuímos fidelidade. Saibamos viver os sentimentos e eles, não morrem dentro da gente. Posso garantir. As pessoas se vão, o tempo se vai e as rugas chegam, assim como as pernas cansadas. Mas aquilo que vivemos de intenso não vai embora. Tudo o que atribuímos valor é o que fica em nós. Saibamos colocar efemeridade nas coisas certas e eternizar aquilo que realmente é valioso para nós. E assim, saberemos ser felizes e eternos, enquanto durarmos.
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