terça-feira, 22 de novembro de 2011

O MEDO E AS ESCOLHAS

Foto: autor desconhecido



Vejo ao redor tantos motivos de tantas pessoas. Motivos para fazer escolhas que não as fará bem, embora aparentemente acreditem ser a melhor escolha para aquele momento. Um cigarro que alivia a ansiedade mas que adoece os pulmões e lhes tira, pouco a pouco, o fôlego que dá a vida. As drogas que afastam da duras realidades mas te levam pra um mundo de ilusões sem volta ou com uma volta aos cacos, menos que pela metade. Escolhas que parecem boas, mas que são momentâneas de efeitos muitas vezes permanentes. A escolha por um casamento por medo de ficar sozinho. E por medo de estar só, se dorme só todas as coisas mesmo que tendo alguém ao lado, na mesma cama. Escolha pela profissão dos sonhos do pai ou da mãe, mas que não é o seu próprio sonho. Alegra-se o coração daqueles que ama mas angustia o próprio coração realizando aquilo que nunca se teve vontade de realizar. Vejo pessoas tomando escolhas e decisões, ou protelando decisões por medo e não por vontade. Suportar um casamento que já acabou por medo da separação, com ou sem filhos. A escolha do homem errado, que espanca, maltrata, simplesmente porque não há mais o amor próprio necessário que te faz gritar o basta, chega. Vejo muita gente, a grande maioria, tomando rumos na vida dos quais poderão se arrepender ou não, poderão se acomodar acreditando ser o único caminho possível, a única saída. Tenho medo do medo, porque ele quando vem arrasta as pessoas para lugares que não deveria ir, que não merecia passar. Por conta do medo se deixa de viver coisas tão belas, tão maravilhosas que tenho certeza que iriam viver. Tenho medo de ter medo. Não gosto das ciladas que ele é capaz de criar. A escolha de dizer sim quando na verdade se quer dizer o não. A escolha de não viver aquilo que a vida lhe chama a viver, uma viagem, uma aventura, um amor, simplesmente por medo de avião, de altura ou do fim. Peço pelos medos que tenho e que possa ter. Para que sejam afastados de mim com total violência, para que não me impeçam de viver aquilo que eu vim viver nesta vida. Todos nós fomos chamados e escolhidos para viver coisas grandiosas e que o medo não nos impeça de ser tudo isto que viemos ser. Tenho medo da decisão das pessoas ao meu redor, o medo do abandono, o medo da decepção, o medo da rejeição, o medo da solidão, o medo da não aceitação, medo de não ser querido, de não ser capaz. Medo daquilo que não se tem controle, de tudo o que está por vir e não sabemos. Estes medos que eu e você também enfrentamos vez ou outra na vida. Devemos ter medo do medo, mas não o medo que nos paralisa nele, mas o medo que nos faz antes de tudo afastá-lo, antes que ele se instale em nós. Saibamos assustar os nossos medos com ousadia, a ousadia de acreditar que aquilo que queremos é possível de se realizar e que tenhamos coragem de não dar ouvidos aos outros para as escolhas que devemos fazer. Que façamos as nossas escolhas com tamanha maturidade, coragem e ousadia que não há medo que nos impeça e nos faça arrepender dos caminhos que tomarmos.

3 comentários:

  1. "Que façamos as nossas escolhas com tamanha maturidade, coragem e ousadia que não há medo que nos impeça e nos faça arrepender dos caminhos que tomarmos."

    Adorei, Polly!
    Parabéns pelo blog. Gostaria que muitas pessoas lessem esse texto...
    Beijos!

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  2. Divulgue então...para que mais e mais pessoas leiam, conheçam o blog e possam parar por um instante para refletir sobre o que são e o que tem feito da vida.

    Beijos!!! Valeu pela visita.

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  3. Polly, você sempre inspirada e dizendo tudo o que as vezes omitimos em assumir! Bjo grande.

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