Devolvo-lhe aquilo que és. Não posso ficar com aquilo que não é meu, não me pertence. Se retiro-lhe do que és, deixas de ser o que sempre foi. Transforma-se em outro ser, outra história, uma outra vida que não é mais você. Não tenho o direito de arrancar-lhe de si mesmo, como quem arranca uma flor. Arrancada de uma roseira, murcha, seca, morre. O que era vida, já não volta a ser. Por isto, hoje, devolvo a você aquilo que de fato és. Não quero pedaço, nem folhas ou pétalas. Saberei, a partir deste momento, admirar e amar sua beleza tal qual sempre foi e esteve. Inteiro, vivo, completo. Saberei cuidar de você, sem rupturas, respeitando todas as fragilidades que tem e as fortalezas que ajudarei a preservar. Prometo não lhe roubar do que és, amar como a mim mesmo e a preservar a tua vida e história da maneira que você a construiu e que faremos juntos a partir de então.
Há 7 anos
A D O R E I...
ResponderExcluir