Sempre gostei de desenhar. Quando criança passava horas a fio desenhando pessoas. Gostava de observá-las e transportá-las para o papel. Assim, eu sentia um pouco parte de cada uma delas. Criava traços. Olhares. Aliás, olhares era o que eu mais fazia de parecido. Duvidava de muitas coisas, mas jamais duvidei de um olhar. Ele nunca conseguiu mentir pra mim. A única parte que fala a verdade de alguém é o olhar. E eu era sincera ao reproduzir cada um deles para o meu papel. E ficava ali, imaginando se aquele desenho era um pouco do que a pessoa era de verdade. Pensava se as minhas impressões a respeito de alguém era mesmo aquela pessoa de fato. Admirava o desenho e a alegria das pessoas de verem alguém tão jovem desenhando com tanta dedicação. Aquele era o início da minha busca pelas pessoas. E uma maneira de criá-las de uma maneira mais pura e feliz. Fazê-las mais sinceras e honestas, como o olhar de uma criança com um lápis na mão. É destas crianças que o mundo precisa hoje.
Há 7 anos
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