Saía de seu casulo, espremida, espreguiçava. Esticava as asas que nunca havia usado. Não sabia o que era voar. Mal sabia pra quê serviam aquelas coisas grandes e coloridas que amassadas estavam. Sabia ser lagarta, parada, lenta, acomodada. Agora tinha que aprender a ser borboleta. E borboleta que se preze, não arrasta por muito tempo. Pousa, mas não rasteja. Borboleta voa e sabe muito bem por onde vai. Espreguiçava abandonando a preguiça. Esticava as asas antes de arriscar o vôo. Temia a queda, mas era preciso arriscar. Era hora de sair pra fora, pular a janela. Sair do casulo é sempre o primeiro passo de uma borboleta.
Há 7 anos
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